Lixo no PVA-UFV |
Uma pequena análise da corrupção
da Missiologia da igreja:
Primeiro é sempre bom lembrar que a igreja é a própria Missão de Deus. É
uma família comprometida moralmente com o amadurecimento
espiritual. Ela é um lar que se mantém sempre ligada na fonte de água viva,
como pedras vivas de uma edificação que mostra o fruto do seu serviço pelo amor
e mutualidade como conseqüência da sustentação na Raiz de Davi. Ela não se preocupa em agradar a si mesma e nem de
ser reconhecida pelos homens, trabalhando sempre de forma transparente com prestação
de contas um ao outro, sendo verdadeiros Sacerdotes
Santos. Ela é conhecida pelo que produz, porque faz diferente para fazer
diferença gerando novos discípulos e fieis discipuladores irmãos de
Jesus, conforme Jeremias 17.7-8.
Segundo, pensar qual é a minha missão pessoal?
A igreja sou eu mesmo e sendo a igreja a Missão de Deus, fica
totalmente insubstituível, inalienável e administrável fora do seu contexto local ou por outras organizações a quem ela
deve prestar contas com lealdade, por ser primeiramente o lar seguro para os
que nela se identificam e se comprometem desejosos
de servir o outro dentro de Deus, com sadias e bem fixadas raízes em Jesus.
É envolver disponibilizando-se ao vizinho, colega, amigo e família para sempre responder
as suas questões a favor do Reino inaugurado na Cruz.
Este desejo com simplicidade agrada o coração de Deus e gera
na igreja o sonho da eternidade, dando força para persistir sob a ação de Deus, suportando qualquer custo a
favor do Reino. Sendo eu a igreja e carente como sou, "exige uma constante investigação na fonte da corrupção que é o coração". (Sayonara).
Terceiro, onde está a corrupção?
A necessária organização da igreja local, historicamente
supervisionada numa estrutura de governança centralizada, humanizou a comunhão
e a missão da igreja, fortificando o conhecimento sem a prática e por outro
lado, os "fieis" passaram a gostar e desejar que seus próprios
pastores e líderes fossem uma espécie de
deus, capazes de resolver tudo.
Tais desvios geraram a corrupção na missiologia da igreja, como:
O entendimento da simples frequência nos templos, o
crescimento e a multidão do “domingueiro”,
a grande turma com aparente comunhão,
a festa, o ativismo, o prestigio
social do pastor, a riqueza ou alta posição social dos principais líderes, os
programas na tv, radio e web, a carência pelo reconhecimento externo da
liderança regional e nacional, o discurso às vezes copiado por falta de tempo,
a intercessão no púlpito para "inglês"
ver, o estudo bíblico ou a teologia
acadêmica sem a pratica correspondente, a incoerência do discurso na vida íntima, as cobranças de doações e
contribuições, o sentimentalismo com choro, a auto-confiança com a afirmação do
"chamamento e unção" em
nome de Deus, o sistema organizacional e de governança “quase perfeito", os templos, a construção magnífica com pedras
importadas, a liturgia e o louvor
infalíveis de alta qualidade de som, artistas e instrumentos sempre na frente, voltados
para a platéia para agradar o publico,
são fatores de corrupção usados por satanás para impedir a visão da correta
Missiologia e o avanço da real igreja que
adora exclusivamente Jesus o tempo todo.
Esta corrupção sonega
informações e tempo de qualidade na devoção pessoal do quarto de escuta diário se desprendendo facilmente e completamente
da essência, do plano e do foco missional
da igreja fixada na Raiz. Desta forma, ela deixa em segundo plano a família,
filhos, amigos e o entorno, para dar conta das atividades empresariais intensas,
e também dos envios a novos projetos, atividades e a outros países para
preencher relatórios, sustentando a referida sonegação, tornando-se uma igreja missiologicamente corrupta e distante do Criador.
Em quarto lugar, o que deve ser a igreja então?
Simples assim: A Missiologia da igreja deve ser essencialmente edificadora em
princípios bíblicos de forma vivencial e prática, como num lar, numa família ardente de amor, num coração sem
maldade, sempre agindo pela força da Graça regeneradora, caminhando como pedras
vivas dentro da Glória da ressurreição de
Jesus através da habitação do Espírito Santo.
A missiologia da igreja não é de multidão, nem a favor da
correnteza das águas, nem para a facilidade da riqueza humana. Mas tem clareza
nas funções sem clericalismo, tem aprofundamento
para a maturidade espiritual de intimidade relacional com o Criador e da
maturidade para o serviço de uns aos outros em amor paciente, dentro do
princípio do sacerdócio de todos os
santos, porque não existe “leigo” na missiologia da igreja.
A igreja sendo a própria Missão de Deus, não tem uma missão, mas ela é a Missão, ela é um ministério, um ministério de Deus para sacerdotes santos
(homem e mulher), no trabalho, na igreja, em casa, na escola. Ela é a igreja
dos 7 dias toda semana, durante 24 horas por dia, sempre de geração integrada, por facilitar para
os pais dos recém nascidos e até 12 anos de idade, num programa de 3 pilares:
a- ensino dos princípios bíblicos,
b- repetidos pelos pais em casa e,
c- repetidos em grupos familiares
relacionais durante a semana de forma lúdica e participativa.
Também facilitando continuamente e com inteligência, a formação
e a capacitação de auxiliares e líderes discipuladores
de “vida na vida” para os pré-adolescentes, adolescentes, jovens, casais e
famílias inteiras, de forma intencional e relacional para servir o vizinho, o
colega, o amigo e a família tornando cada
casa uma igreja e cada membro um ministro e um missionário.
(A foto acima nos leva a pensar na teologia acadêmica dos reformados
que não se reformam. Consegui tirar esta foto ontem de um latão de lixo em
frente ao PVA da UFV – igreja reformada,
está sempre reformando)“
Edgard F Alves
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