18.1.16

Para começar o ano de 2016

Indo e fazendo em 2016

Quem somos? Andarilhos, peregrinos ou maltrapilhos?
Faço comigo mesmo o que eu faria com os outros?

Interessei em ler um livro esquecido nas ferias em Aracaju no inicio deste ano que veio consolidar minha Esperança de Reino.

Achei providencial poder ler especialmente o capitulo 9 do livro de Brennan Manning: "O Evangelho Maltrapilho".

A ideia é ótima e simples.
Ele chama de O Segundo Chamado.
Ele diz: O que dificulta abraçar o Segundo Chamado ou a Segunda Jornada, ou a Nova Sabedoria, são as crises que todos vivenciamos.

Sintetizando:
Este Segundo Chamado ele diz "conseguir entender e assumir na vida, entre os 30 e 60 anos de idade, quando se percebe que não dá pra viver a tarde da vida de acordo com o mesmo programa da manhã.
Novos programas acompanhados de um segundo chamado do Senhor Jesus, numa reflexão seria sobre a natureza e a qualidade da nossa fé, nossa crença, nossos valores no evangelho da graça e no amor a Deus e às pessoas".
Ele refere-se a três crises: A da fé, a da esperança e a do amor.

Primeiro ele analisa a crise da fé, "quando ainda pensamos poder fazer trocas, comprar ou fazer alguma coisa pra Deus nos amar mais. Ou ainda esperamos uma retribuição.
Define que a fé significa querer Deus e não querer nada mais fora de Deus, amando-nos de um modo novo e surpreendente, tendo algo novo a cada dia, nunca de forma estática, finalizada e resolvida, influenciando e facilitando para o outro entrar e querer ter a mesma fé".

Depois a crise da esperança. Ele descreve uma comparação das parábolas de Jesus a respeito do Reino e seu entendimento correto descrito em Mt 22.1 e em Lc 14.15.
"A maior parte de nós, fica do lado de fora da entrada do banquete, ouvindo a celebração, com apenas meia esperança de que haja de fato um banquete lá dentro, porque ainda vivemos no hiato entre a cruz e a ressurreição e o banquete ainda não é perfeito".

Penso que quando se começa a preparar a festa de um casamento, ela já começou. O jantar será servido no final numa grande mesa com Jesus. Normalmente para começar, se pesquisa as primeiras dicas e informações no google.
Toda aquela festa comparada com o Reino, já está descrita com detalhes na Bíblia tendo livre acesso a todos.

"Será que de fato cremos que estamos indo para uma festa de casamento que já começou?
Isto é crer e levar a segunda vinda muito a serio".

E em terceiro lugar a crise do amor. Diz que "Deus é de fato amor e ponto final. Que Ele está louco de amor e apaixonado que não consegue ficar sem nós, analisando a parábola do filho pródigo, que enfatiza a generosidade do Pai e não a pecaminosidade do filho.
Também que Jesus ignorou, parou,escreveu na areia, depois olhou e perguntou (Mulher adultera de Jo 8), afirmando que Deus não demonstra bom senso e moderação quando lida conosco, mostrando a natureza ultrajante do amor de Deus".

"Ele espera que o nosso amor pelos outros também seja assim sem querer nada em troca, começando comigo mesmo. É fazer com a gente mesmo, o que faria com os outros".

"A maior barreira contra o amor é o medo. Medo de fazer. Medo do fracasso. Medo de cair com a cara no chão, por causa da imagem mentirosa de sucesso que a cultura nos impõe como perfeição, dificultando entender e alcançar as pessoas simples, de forma simples, direta, entendendo de gente.
Adiamos tudo, gastando as energias do amor e de vida que estão dentro de nós, porque não existe crescimento em Jesus sem dificuldade e embaraços, sem riscos de fracasso ao longo de toda a vida".

Sempre vamos cometer erros. "O cristão profundo é o cristão que fracassou e aprendeu a viver com isso".

Aí ele cita a "procrastinação como o pior fracasso e mais danoso de todos e afirma que o Espirito de Jesus chama uma segunda vez e pergunta: você vai assumir sua vida hoje? Vai ser responsável pelo que fizer? Você vai crer?"
Mas crer na experiência da Graça e no sofrimento da Cruz.
Na força do Reino e na promessa final de um Reino novo sem pecado.
Na igreja de Jesus?

Conclusão:
A igreja de Jesus não é uma instituição hierárquica e nem um templo, mas uma comunidade ou núcleo de pessoas na Unidade de Jesus, facilitada por líderes de vida transparente.
Líderes que formam novos lideres com vivencia e experiências relacionais capazes de serem examinados em todas as áreas da sua vida.

Edgard F Alves