25.4.24

REENCONTRAR e RECOMEÇAR

ESPERANÇAR e ACEITAR as FINITUDES nos AJUDAM a RECOMEÇAR  

          Neste ano, estou quase encerrando a 7ª década de vida, o 7º ano de aposentado na UFV, e neste mês de abril, é o 1º mês sem as responsabilidades efetivas de rotinas operacionais, presidindo fundação de apoio, sempre aprendendo em ativas conexões relacionais, em respeito com todos das demais décadas da 1ª a 10ª. Em cada década da vida existem mudanças e aprendizados com crescimentos, nas experiências coletivas e integrativas para a vida. 

          Tudo tem o início, meio e o fim. Cada ciclo é como uma semente plantada, passando por estágios até dar fruto, nascendo uma nova semente. As gerações vivem juntas com trocas de saberes e experiências, num convívio saudável e respeitoso, tendo envolvimentos de pessoas e profissionais de todas as décadas, ajudando viver bem pela Unidade com e por Jesus, na grande Diversidade existente, em grupos relacionais de convivência, acolhimento e apoio mútuo como numa boa família. 

Ninguém é capaz de viver sozinho e realizar tu do bem feito, sem estar aberto para aprender com as demais décadas. Todas as décadas dependem uma da outra para encerrar ciclos e recomeçar como novos valores e novas atitudes. Diante do novo, poderá haver medos, saudosismos e traumas, numa vida que poderá seguir no comando da tolice, engano, simulação, hipocrisia, disfarce e fingimentos. 

O grande desafio é viver na motivação e intenção interior, pela esperança da eternidade com sinceridade, simplicidade, honestidade, escutando e sentindo a orientação do Espírito, que habita em cada coração de quem de fato entendeu e escolheu a Graça. 

Relembrar que falsos deuses geram desobediência, má gestão de recursos, procrastinação ou adiamentos, achando que está honrando a Deus em tudo que faz, quando se cria a habitualidade nos pecados naturais, até sem se perceber, sendo que a idolatria começa na mente, pensamentos, crenças, opiniões, religiões e fantasias. 

          A idolatria cria deuses na nossa imaginação, sendo ilusão completa a de se criar felicidade em algo ou alguém que não é Deus, sempre afirmando e buscando a necessidade do eu preciso, para ser feliz em todo momento.

- Preciso de ter filhos obedientes para que os outros vejam como o pai é bom;

- Preciso de bom emprego e que me paguem bem com respeito para não depender de ninguém;

- Preciso da aprovação dos outros e reconhecimento de todos, pelo meu desempenho;

- Preciso sentir bem protegido de todas as calamidades possíveis;

- Preciso olhar para minha vida e ver que estou crescendo, progredindo e cada vez melhor;

- Preciso de um cônjuge feliz, romântico, responsável e comunicativo;

- Preciso ser amado e valorizado pelos outros. 

          Cabe a nossa mente pelo Espírito, corrigir a forma de pensar, para sair do acreditar em mentiras, ideias imaginárias e no dinheiro, que corrompe com a acumulação sem fim.

Ter uma nova mente, é vigiar sempre para não cair no erro de que, qualquer coisa é fonte de felicidade, adorando um deus falso, como bens, vaidades, recursos, aparências, ciúmes, invejas, sucessos, reconhecimentos, prosperidade e outras coisas. 

          Compreender que somos chamados à transformação, à mudanças, é quando tem acolhimento servindo o outro como numa família, cuidando da edificação e transformação interior, que provoca a transformação do outro, quando visto e sentido numa nova vida, que escuta e entende o outro, conduzindo para maturidade e ao serviço, edificando novas vidas que gera o convencimento, apenas pela direta atuação e intercessão do Espírito com gemidos inexprimíveis. 

E no dia final, que será no dia da volta de Jesus (-tomara que seja hoje ainda), teremos incorporado o caráter e a mente de Jesus em definitivo, sem fim e sem nunca mais morrer, vivendo em novos céus e novas terras para sempre.

Enquanto isto, somos todos passageiros aqui na terra, aceitando o nosso fim a qualquer momento, vivendo como peregrinos, tentando imitar Jesus de como Ele faria hoje em cada procedimento, curtindo cada década e recomeçando novas fases, em plena esperança pelo dia do juízo e julgamento final. 

Deus nosso Pai, nos conhece pelas intenções e motivações da nossa mente e não pelo que falamos ou defendemos em público ou internet.

Ele não só nos ouve, mas prioritariamente nos Vê por dentro quando oramos.

Em Mt 6.6 diz: “Quando orar, vá para seu quarto, fecha a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que VÊ em secreto, o recompensará”.

Em I-Cr 28.9 diz: “E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-O de todo o coração e espontaneamente, pois o Senhor sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você O buscar, O encontrará, mas, se você O abandonar, ele o rejeitará para sempre”. – A solitude com a escuta, suaviza as relações. 

Edgard F Alves