26.5.22

FAMÍLIA, TRABALHO, VOCAÇÃO

Um pouco de história, formação e chamado para servir  

Ao comemorar na última sexta-13, neste mês de maio, os 41 anos da nossa primeira filha Kézia em Goiânia, relembrei de alguns momentos marcantes em família, formação e trabalho, quando pude meditar e observar que o ambiente do nosso País e do mundo só está piorando com falsidades, sendo a única solução a de orar e aguardar a volta de Jesus para a completude do novo e perfeito Reino. 

É comum que o sofrimento, as doenças e demais dificuldades neste mundo, levem a amar aproximando como amigos de Jesus, pois todas as coisas cooperaram para o bem dos que amam a Jesus, sendo que a ambição, crescimento, sucessos e a prosperidade, criam naturalmente ambientes abertos à tentação que se apoia apenas no corpo, desviando da essência e do inseparável foco trinitário: corpo, alma e espirito, para se manter crescendo na amizade, meditação e no amor com Jesus. 

Se focarmos apenas no corpo, valorizamos a aparência, os números e quantidades introduzindo falsos seguidores, sem ser sal e luz de Jesus. 

Quantidade não diz a realidade de maturidade e crescimento, como se lê em João 6.67: Jesus perguntando enfaticamente aos seus discípulos, se eles também queriam sair fora, junto com os que estavam desistindo. 

Jesus zelava pela amizade sincera de servir o outro em amor, por meio dos relacionamentos em pequenas turmas e não pela quantidade de seguidores que acabam seguindo pelas trocas, barganhas, lucros e outros interesses pessoais, sem a devida obediência. 

As 3 funções básicas do trabalho são: - Provisão e sustento da vida; - Prática do amor ao próximo e solidariedade; - Realização com criatividade e inteligência. 

Muitos acham que é a única e específica, formação profissional, a especialização, mestrado, doutorado, ou outra capacitação técnica, que se fortalecerá a produtividade e competências em equipes, na caminhada de sustentação das empresas e demais instituições. 

Mas, de fato é a amizade, olho no olho, a sabedoria de escutar, relacionar e a facilidade de se entender as vocações como pessoa, sendo a formação apenas uma consequência natural para a realização profissional e comunitária, tendo a devida valorização, começando em todos os momentos como pessoa e não apenas como profissional. 

Lembrei ainda que na infância, tomava conta para manter aberta a porta da lavanderia aos clientes enquanto meu pai ia almoçar em casa. Na época sempre passava um jovem vendendo todo dia um gostoso pudim mineiro, que eu comprava com o caixa que existia na gaveta da mesa na hora do almoço. 

Em seguida na pré-adolescência, ajudava a encher as garrafas de querosene que eram vendidas para iluminar as lamparinas, e outras ajudas ao meu pai no 'Armazém Mol', quando ainda não existia segurança da energia elétrica nas casas. 

Na adolescência fui convidado para limpar o escritório e fazer serviços externos, bancos e outras pequenas coisas no 'Ético Contábil', onde trabalhava a prima Lacy Balmant, Damião e o Braz Rozado. Depois aprendi usar as calculadoras antigas apurando as contas e demais controles do 'Armazém Mol'. 

O escritório abriu mais uma nova filial, e ao completar 17 anos acabei aceitando o convite do Braz de mudar para Viçosa em 1973, onde pude terminar o segundo grau, tendo a companhia dos amigos do 'Ético'. 

Fui apresentado por um bilhete enviado ao pastor Elben César, pelo meu tio avô Aristides Balmant, que era prefeito em Conceição de Ipanema, tendo sido bem discipulado e acompanhado pelos novos amigos, indo para a faculdade contábil UNIPAC mais próxima em Visconde do Rio Branco, viajando de fusquinha numa estrada com partes ainda sem asfalto estudando a noite, formado em 1978. 

Foi um bom tempo de experiências na impressão dos livros de diários, registros fiscais e controles internos de alguns clientes como Granja Real, Cargill, Casas Bandeirantes e sócio com o amigo Braz Rozado numa empresa na área de construção civil, além de assumir a direção da Junta Diaconal, Mocidade, ABU, sendo o tesoureiro da IPV para concluir a construção da nova sede na Av. P.H.Rolfs e ainda podia ajudar eventualmente nas expedições ao correio da revista Ultimato, assumindo posteriormente como diretor administrativo da Revista, sendo oficialmente a primeira pessoa fora da família fundadora da Revista Ultimato desde a sua criação em 1968. 

Na formatura da UNIPAC, a cerimonia de gratidão foi na nova IPV, quando o pastor Elben César contou bem contextualizado toda boa história de José do Egito. 

A namorada Edna, quando ainda estudava economia familiar, formada em 1979, trouxe de Rancharia, a sua irmã Eliamar para estudar em Viçosa. Trouxemos também o irmão mais novo Wiliam para estudar, quando estava perto dele completar seus 14 anos. 

No inicio de 1980, num ônibus pequeno, velho e sem ar, saímos para o acampamento da mocidade organizado para Florianópolis, onde morava a irmã Edyr e seu esposo Ednaldo, que acabavam de ter o primeiro filho André.

Logo a seguir, depois da grande surpresa da despedida de solteiro, a partir da peça teatral bem trabalhada pelos amigos da Mocidade no acampamento de Florianópolis, nos casamos numa simples e prazerosa festinha na IPV entre amigos e familiares no dia 12 de abril-80. 

Formado em contábeis com especialização em controladoria pela FGV e com alguma experiência prática, nunca exerci diretamente a contabilidade, mas sempre conectado com pessoas em grupos para gestões corporativas e apoios diversos, como descrito a seguir: No final de 1980 aceitei o convite para assumir os controles financeiros, no recém-criado Instituto de Previdência Complementar da UFV: Agros. 

Em 1981 nasceu a primeira filha Kézia, quando trouxemos os pais da Edna de Rancharia para nova residência em Viçosa e no final do ano, fui cedido pelo Agros para a estruturar os controles na implantação do supermercado escola, comercialização do excedente da produção não consumida pelo refeitório da UFV, laticínios DTA e demais projetos na Funarbe recém criada, sendo contratado em março de 1983 diretamente pela UFV, assumindo a coordenação financeira e posteriormente a Diretoria Adm-financeira da Funarbe, tendo de implantar uma unidade de referência especifica, para poder suportar as enormes variações das altas inflações da época, nascendo os outros 3 filhos Sarah, Kalebe e Hadassa até 1988, quando trouxemos também os nossos pais de Mantena para Viçosa. 

Foi um tempo intenso de muito envolvimento, também apoiando a criação da associação assistencial Rebusca, da escola para profissionais em missões CEM e suas construções, sendo o vice-presidente tesoureiro e depois presidente, ajudando também a criação como tesoureiro do novo presbitério da zona da mata norte e outras iniciativas com o pastor Elben e Alceu Cunha. 

Nasceu uma nova sociedade de serviços de informática com o amigo Jair Avilez, transformada numa sociedade comercial com o irmão Wiliam no terraço do apartamento, indo para o novo shopping, depois para o calçadão em parceria com Atel Eletrodomésticos. Mais tarde apoiando uma outra sociedade do filho Kalebe que transformou na franquia Microlins, hoje em Ponte Nova, Goiânia com extensão em Ubá e Muriaé. 

Também apoiando como cofundador da 2ª IPVSol e da 3ª CPV, fora as mudanças inesperadas como a do irmão Wiliam e família para Aracaju, casamento da Kézia e Beto em 2005, Sarah a primeira a sair de casa em 2003 para a UFAL de Alfenas e Hadassa para a KPMG em São Paulo, depois de um tempo das duas na Inglaterra, além do acidente com a morte do pai em São Paulo. 

Vencido o mandato na Funarbe em julho de 2006, fui para os cálculos na Procuradoria Jurídica da UFV e também para Presidir o Conselho Deliberativo do Agros e da Associação Asas de Socorro em Anápolis Goiás, numa restruturação necessária para o trabalho missionário na região amazônica. 

Em 2007 assumindo a Coordenação Administrativa da Editora UFV, com as Livrarias e Café Cultura e ao mesmo tempo em 2011 como Assessor Especial da Reitoria, visando a recuperação e reestruturação da Fundação Fratevi de Radio e TV e da Fundação de Cultura Facev, gerindo os projetos da Editora, Livrarias, Cursos, Eventos, Semana do Fazendeiro, Hotel Escola CEE e Laboratório de Análises da Divisão de Saúde e outros projetos em apoio à extensão e cultura. 

Aposentado pela UFV em dezembro de 2017, ainda continuando como Diretor Presidente da Facev e assessorando a Fratevi e outras instituições do terceiro setor, vinculadas ou não às universidades. 

As relações, vínculos, parcerias, apoios e vivências do trabalho são maiores, mais conhecidas e mais profundas, que a formação técnica profissional específica da área contábil e controladoria. 

Edgard F Alves