10.1.13

Vidinha Terrena

Águia e a Serpente 

 VIDINHA TERRENA e VIDA LONGA.

 Estudando e aprendendo a aprender.

Uma vida pessoal de adorador durante a semana serve para louvar e cultuar de forma comunitária em vários momentos como na celebração, vigílias e luares de oração, caminhadas ecológicas, junta panelas, lanches e outros encontros comuns, bem conectados e integrados.
Cultuar em comunidade é consequência de quem tem culto na vida pessoal, desenvolvendo o desejo de aprender a "aprender" no quarto de escuta.

PARÁBOLA DA ÁGUIA E DA SERPENTE
Uma história da Comunidade apostólica em dois pilares.

 "Era uma vez uma Comunidade criada com duas asas".
Uma asa era para a celebração ou culto em grupos grandes e a outra asa era para a comunidade dos grupos pequenos nas casas.
Utilizando ambas as asas, a comunidade conseguia voar alto e se aproximar da presença de Deus e ainda sobrevoar graciosamente toda a terra, preenchendo o propósito do criador.

Um dia, uma enciumada e malvada serpente, que não tinha asa alguma,
desafiou a igreja a voar apenas com a asa do grupo grande.
A serpente aplaudiu efusivamente quando a igreja conseguiu levantar vôo, mesmo que de forma desajeitada.
E acabou ficando convencida de que, com muito exercício, imitações, atividades, ela conseguiria voar utilizando apenas uma asa.

Enganada desde aquele dia, a igreja de duas asas começou a se satisfazer com apenas uma asa.

(Isso aconteceu durante o reinado de Constantino, 300 anos depois de o Criador ter usado a igreja de duas asas, frustrando os planos da serpente malvada que Não tinha asas.)

A asa do grupo pequeno (nas casas) se tornou cada vez mais fraca por falta de exercício até atrofiar e tornar-se um apêndice sem vida e sem utilidade ao lado da asa exagerada do grupo grande.

A igreja de duas asas que havia planado nas maiores alturas se tornou agora uma igreja de uma asa, um pouco melhor do que a serpente malvada, que não tinha asa alguma.

O Criador da igreja ficou muito triste.
Ele sabia que o projeto das duas asas permitia a igreja a voar aos céus, até a sua presença e obedecer os seus comandos na terra.
Agora, com apenas uma asa, a igreja tinha de fazer um esforço extra para conseguir levantar vôo.
Mesmo dando um jeito de permanecer alada, ela tendia a voar em círculos não muito longe do seu ponto de partida.
Gastando mais e mais tempo na segurança e no conforto da sua gaiola, ela ficou gorda, preguiçosa e satisfeita com sua vidinha terrena.

De vez em quando, a igreja lembrava que já havia voado com duas asas e sonhava com a possibilidade de fazê-lo novamente.
Mas agora, a poderosa asa do grupo grande se tornou tão dominante que não aceitava nenhum tipo de auxílio da parte mais fraca.
Era tarde demais.

O Criador finalmente reconstruiu uma igreja de duas asas.
Ele tinha, outra vez, uma igreja que podia voar até a sua presença e sobrevoar a terra cumprindo os propósitos Dele. A missão sob o mandato cultural e missional de fazer discípulos Dele, batizando e ensinando a praticar a verdade. Jo 8. 31-44.

Relacionamento em comunhão com Deus produz amizade de vida na vida com discipulado em grupo pequeno, que celebra caminhando juntos com os demais grupos, que foram multiplicados com lideres que assumem o sacerdócio universal para mostrar Jesus na vida. I Pe 2.9.

Vidinha terrena se satisfaz com o conforto, recursos, sucessos e palmas, mas a vida de comunhão com Jesus é simples, leve, saudável, discreta, cheia de esperança, obediente, ouvindo e se envolvendo com a necessidade do outro.

O culto inicia na comunhão pessoal com Deus, na amizade e interesse pelo irmão, que gera relacionamentos num grupo pequeno, celebrando num grupo grande, com famílias de geração integrada e possuídas por Jesus.


Adaptado do MIC - Ministério de Igreja em Células no Brasil - Curitiba, PR
Edgard F Alves