Deus mantém o relacionamento bem próximo, dinâmico e íntimo, agindo no céu e na terra em perfeito amor a todos sem discriminação, sempre deixando sinais da sua presença, apesar da grande guerra mundial com a Sua criação, quando se tornou tudo corrompido, se rebelando e sofrendo as consequências desta revolta e separação do projeto original.
Deus foi adiante de Moisés, que viu a sarça arder sem se queimar numa coluna de nuvem, conduzindo os israelitas para fora do Egito, chegando ao monte Sinai, lugar de encontro, intimidade, amizade em família, quando recebeu as leis, tendo agora o pão e o vinho, como sinal ou símbolo de encontros dos fiéis na Missão de Resgate.
A operação Resgate, é o projeto de falar ao mundo o amor de Deus, que nos colocou como agentes da Missão deste plano, entrando com o sentido da história de Jesus, reconhecendo, entendendo a voz que ressoa dentro de nós pela ação do Espírito, que gera a justiça, espiritualidade e relacionamentos maduros, deleitando-se com a beleza imitável de Jesus, mas sem fazer uma imagem de Jesus com a nossa própria imagem que vive numa ilusão.
O pior de todas as tentativas históricas e até hoje, é a de explicar e viver Jesus, com a forte valorização na eclesiologia hierárquica, organizacional e institucionalizada, vivendo de sermões, cantorias, projetos e eventos, sem entender a Igreja com i - maiúsculo, sendo um ajuntamento de fiéis em ComUnidade Para Vida - CPV de forma relacional e vivencial, promovendo ação e serviços pensando pequeno e dando a volta por baixo, para poder agir nos acolhimentos tendo Jesus guiando tudo por cima, fora dos nossos egos próprios, sem precisar aparecer ou se mostrar, para poder gerar boas sementes, sendo Luz com o sol de Jesus.
Para a união e unidade com Jesus é preciso do Espírito. Não se trata apenas do conhecimento racional da Palavra, mas da habitação real da Palavra em nós, que é sempre realizada somente pelo Espírito.
Estávamos sob a lei e fomos adotados como Filhos, não recebendo um espírito de escravidão para vivermos dominados pelo medo da rejeição, abandono, esquecimento, pobreza, doença, morte, mas com total liberdade sendo herdeiros e co-herdeiros com Jesus, sem nenhuma descontinuidade entre Deus e a Igreja ou entre a Terra e Céu, vivendo em plena comunhão de irmãos que buscam compreender e praticar os princípios da Graça, sendo membros uns dos outros num Corpo único de Jesus, estando unidos e reunidos como templos santos, num sacerdócio “glocal” (local e global) de todos como Agentes da operação Resgate, sendo discipuladores na Missão com Jesus.
Quando descuidamos e não ouvimos Deus, deixamos de ser ComUnidade e construímos ídolos separatistas, divisionistas, legalistas, intolerantes, mesquinhos, hedonistas, preconceituosos e exclusivistas.
ComUnidade depende da boa comunicação, ouvindo uns aos outros com palavras claras, fáceis, sinceras e honestas, sem mentiras, enganos ou procrastinação.
Nem tudo é o diabo, porque no nosso coração residem vozes e atitudes destrutivas, quando vem maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidades, roubos, mentiras e calúnias (veja Mt 15.19).
É no silêncio, na solitude do quarto de escuta em secreto, no início da manhã de cada dia, que fazemos o contato direto, que gera o desejo da oração comunitária vivencial, relacional em grupos pequenos, numa profunda interioridade de intimidade e amizade uns com os outros, libertos da tirania de fazer e de ter, sondados e examinados por Jesus.
(Das meditações nos livros: Formação Espiritual - um caminho da fé, vida e missão – Edit. MC, Ricardo Barbosa, Valdir Steuernagel, Ziel Machado; Simplesmente Cristão – Edit. Ultimato, NT Wrigth).
Edgard F Alves
Muito bom! E amém
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