Um pouco de história, formação e chamado para servir
Ao comemorar
na última sexta-13, neste mês de maio, os 41 anos da nossa primeira filha Kézia
em Goiânia, relembrei de alguns momentos marcantes em família, formação e
trabalho, quando pude meditar e observar que o ambiente do nosso País e do mundo
só está piorando com falsidades, sendo a única solução a de orar e aguardar a
volta de Jesus para a completude do novo e perfeito Reino.
É comum que
o sofrimento, as doenças e demais dificuldades neste mundo, levem a amar aproximando
como amigos de Jesus, pois todas as coisas cooperaram para o bem dos que amam a
Jesus, sendo que a ambição, crescimento, sucessos e a prosperidade, criam
naturalmente ambientes abertos à tentação que se apoia apenas no corpo,
desviando da essência e do inseparável foco trinitário: corpo, alma e espirito,
para se manter crescendo na amizade, meditação e no amor com Jesus.
Se focarmos
apenas no corpo, valorizamos a aparência, os números e quantidades introduzindo
falsos seguidores, sem ser sal e luz de Jesus.
Quantidade
não diz a realidade de maturidade e crescimento, como se lê em João 6.67: Jesus
perguntando enfaticamente aos seus discípulos, se eles também queriam sair fora,
junto com os que estavam desistindo.
Jesus zelava
pela amizade sincera de servir o outro em amor, por meio dos relacionamentos em
pequenas turmas e não pela quantidade de seguidores que acabam seguindo pelas trocas,
barganhas, lucros e outros interesses pessoais, sem a devida obediência.
As 3 funções
básicas do trabalho são: - Provisão e sustento da vida; - Prática do amor ao próximo
e solidariedade; - Realização com criatividade e inteligência.
Muitos
acham que é a única e específica, formação profissional, a especialização,
mestrado, doutorado, ou outra capacitação técnica, que se fortalecerá a produtividade
e competências em equipes, na caminhada de sustentação das empresas e demais instituições.
Mas, de
fato é a amizade, olho no olho, a sabedoria de escutar, relacionar e a facilidade
de se entender as vocações como pessoa, sendo a formação apenas uma consequência
natural para a realização profissional e comunitária, tendo a devida valorização,
começando em todos os momentos como pessoa e não apenas como profissional.
Lembrei ainda
que na infância, tomava conta para manter aberta a porta da lavanderia aos
clientes enquanto meu pai ia almoçar em casa. Na época sempre passava um jovem
vendendo todo dia um gostoso pudim mineiro, que eu comprava com o caixa que
existia na gaveta da mesa na hora do almoço.
Em
seguida na pré-adolescência, ajudava a encher as garrafas de querosene que eram
vendidas para iluminar as lamparinas, e outras ajudas ao meu pai no 'Armazém Mol', quando ainda não existia segurança da energia elétrica nas casas.
Na adolescência
fui convidado para limpar o escritório e fazer serviços externos, bancos e
outras pequenas coisas no 'Ético Contábil', onde trabalhava a prima Lacy Balmant,
Damião e o Braz Rozado. Depois aprendi usar as calculadoras antigas apurando as
contas e demais controles do 'Armazém Mol'.
O escritório
abriu mais uma nova filial, e ao completar 17 anos acabei aceitando o convite do
Braz de mudar para Viçosa em 1973, onde pude terminar o segundo grau, tendo a
companhia dos amigos do 'Ético'.
Fui apresentado
por um bilhete enviado ao pastor Elben César, pelo meu tio avô Aristides Balmant,
que era prefeito em Conceição de Ipanema, tendo sido bem discipulado e acompanhado
pelos novos amigos, indo para a faculdade contábil UNIPAC mais próxima em
Visconde do Rio Branco, viajando de fusquinha numa estrada com partes ainda sem
asfalto estudando a noite, formado em 1978.
Foi um
bom tempo de experiências na impressão dos livros de diários, registros fiscais
e controles internos de alguns clientes como Granja Real, Cargill, Casas Bandeirantes e sócio com o amigo Braz Rozado numa empresa na área de construção
civil, além de assumir a direção da Junta Diaconal, Mocidade, ABU, sendo o tesoureiro
da IPV para concluir a construção da nova sede na Av. P.H.Rolfs e ainda podia
ajudar eventualmente nas expedições ao correio da revista Ultimato, assumindo
posteriormente como diretor administrativo da Revista, sendo oficialmente a primeira
pessoa fora da família fundadora da Revista Ultimato desde a sua criação em 1968.
Na
formatura da UNIPAC, a cerimonia de gratidão foi na nova IPV, quando o pastor
Elben César contou bem contextualizado toda boa história de José do Egito.
A namorada
Edna, quando ainda estudava economia familiar, formada em 1979, trouxe de Rancharia, a sua irmã
Eliamar para estudar em Viçosa. Trouxemos
também o irmão mais novo Wiliam para estudar, quando estava perto dele
completar seus 14 anos.
No inicio
de 1980, num ônibus pequeno, velho e sem ar, saímos para o acampamento da
mocidade organizado para Florianópolis, onde morava a irmã Edyr e seu esposo Ednaldo,
que acabavam de ter o primeiro filho André.
Logo a
seguir, depois da grande surpresa da despedida de solteiro, a partir da peça
teatral bem trabalhada pelos amigos da Mocidade no acampamento de Florianópolis,
nos casamos numa simples e prazerosa festinha na IPV entre amigos e familiares
no dia 12 de abril-80.
Formado em
contábeis com especialização em controladoria pela FGV e com alguma experiência
prática, nunca exerci diretamente a contabilidade, mas sempre conectado com
pessoas em grupos para gestões corporativas e apoios diversos, como descrito a
seguir: No final
de 1980 aceitei o convite para assumir os controles financeiros, no recém-criado
Instituto de Previdência Complementar da UFV: Agros.
Em 1981
nasceu a primeira filha Kézia, quando trouxemos os pais da Edna de Rancharia
para nova residência em Viçosa e no final do ano, fui cedido pelo Agros para a estruturar
os controles na implantação do supermercado escola, comercialização do
excedente da produção não consumida pelo refeitório da UFV, laticínios DTA e
demais projetos na Funarbe recém criada, sendo contratado em março de 1983
diretamente pela UFV, assumindo a coordenação financeira e posteriormente a Diretoria
Adm-financeira da Funarbe, tendo de implantar uma unidade de referência
especifica, para poder suportar as enormes variações das altas inflações da
época, nascendo os outros 3 filhos Sarah, Kalebe e Hadassa até 1988, quando
trouxemos também os nossos pais de Mantena para Viçosa.
Foi um
tempo intenso de muito envolvimento, também apoiando a criação da associação
assistencial Rebusca, da escola para profissionais em missões CEM e suas
construções, sendo o vice-presidente tesoureiro e depois presidente, ajudando
também a criação como tesoureiro do novo presbitério da zona da mata norte e
outras iniciativas com o pastor Elben e Alceu Cunha.
Nasceu uma
nova sociedade de serviços de informática com o amigo Jair Avilez,
transformada numa sociedade comercial com o irmão Wiliam no terraço do
apartamento, indo para o novo shopping, depois para o calçadão em parceria com
Atel Eletrodomésticos. Mais tarde apoiando uma outra sociedade do filho Kalebe
que transformou na franquia Microlins, hoje em Ponte Nova, Goiânia com extensão
em Ubá e Muriaé.
Também
apoiando como cofundador da 2ª IPVSol e da 3ª CPV, fora as mudanças inesperadas
como a do irmão Wiliam e família para Aracaju, casamento da Kézia e Beto em
2005, Sarah a primeira a sair de casa em 2003 para a UFAL de Alfenas e Hadassa para a KPMG em São Paulo, depois de um tempo das
duas na Inglaterra, além do acidente com a morte do pai em São Paulo.
Vencido o
mandato na Funarbe em julho de 2006, fui para os cálculos na Procuradoria
Jurídica da UFV e também para Presidir o Conselho Deliberativo do Agros e da Associação
Asas de Socorro em Anápolis Goiás, numa restruturação necessária para o
trabalho missionário na região amazônica.
Em 2007 assumindo
a Coordenação Administrativa da Editora UFV, com as Livrarias e Café Cultura e
ao mesmo tempo em 2011 como Assessor Especial da Reitoria, visando a
recuperação e reestruturação da Fundação Fratevi de Radio e TV e da Fundação de
Cultura Facev, gerindo os projetos da Editora, Livrarias, Cursos, Eventos, Semana
do Fazendeiro, Hotel Escola CEE e Laboratório de Análises da Divisão de Saúde e outros projetos em
apoio à extensão e cultura.
Aposentado
pela UFV em dezembro de 2017, ainda continuando como Diretor Presidente da Facev
e assessorando a Fratevi e outras instituições do terceiro setor, vinculadas ou
não às universidades.
As
relações, vínculos, parcerias, apoios e vivências do trabalho são maiores, mais
conhecidas e mais profundas, que a formação técnica profissional específica da
área contábil e controladoria.
Edgard F Alves