9.12.17

Última semana ativa na UFV. Não olhar para trás

Saiu. . . . 
Estou entrando hoje, na ultima semana como funcionário ativo da UFV, uma vez que a publicação no DOU em Brasilia sairá dia 18 de dezembro.

Lembro de alguém falar que o difícil não era tirar o povo do Egito, mas tirar o Egito do povo.

Jesus disse em Lc 9.62: Ninguém que assume a oportunidade, põe a mão no arado, e olha pra trás, é apto para o Reino de Deus. Então precisamos olhar sempre pra frente, sem nunca retirar o olhar de Jesus.

Isaias nos lembra o cuidado e a providencia de Deus com os seus filhos, como único salvador, dizendo em Is 43.19-20: Esqueçam o que se foi, não fiquem lembrando velhas historias, não vivam do passado. Estou fazendo uma coisa nova e diferente, fiquem atentos.

Paulo diz aos Filipenses para terem um alvo igual a Jesus, afirmando em Fp 3.13-15: Estou correndo para o alvo que é Jesus e não vou voltar atras. Esquecendo-nos das coisas que ficaram pra trás, prossigamos para o alvo com a maturidade tão somente de acordo com o que já alcançamos. – Como tem sido o exercício da nossa profissão e como a nossa fé se expressa no dia a dia com o que já sabemos da Bíblia?

Com Jesus, o dia começa e termina com oração, da mesma forma como Jesus fazia no seu ‘quarto de escuta’. Não existe missão sem a oração. Se ainda estamos aqui na terra, é porque temos uma missão de Jesus para cada um de nós.

Mas a missão de Jesus é assumir servindo a agenda do Pai e não é um projeto, mas sim um estilo de vida, a forma de manifestar a espiritualidade, a maneira de expressar a fé exercitando a profissão, mandato publico ou politico, de segunda a sábado, dentro do que já se conhece e sabe da Bíblia. Tanto a Revista como todos os livros da editora Ultimato, bem como, no CEM e noutras organizações de Viçosa afirmam com clareza a real missão do transformado.

Jesus manifestava sua espiritualidade e o servir, na maioria das vezes em volta da mesa, mais do que em outros lugares. Ele considerava qualquer pessoa como gente, sem excluir ou descartar ninguém, diferente do religioso que descartava prostitutas, cobradores, pobres, doentes e outros. Daí, na CPV se valorizar tanto o entorno da mesa, na Ceia, no junta panela e no final de cada nucleo familiar em casa.

Infelizmente alguns lideres e pastores e grande parte da igreja, desde os tempos de Jesus até hoje, não sabem a sua missão vivendo a sua própria missão, buscando uma vida fácil e bem sucedida com a própria agenda pessoal.

Por isto, a igreja ou religião, não sabe o que é missão. A missão é apenas para os transformados, para os redimidos, que aprenderam trabalhar em equipe e nunca numa carreira ‘solo’ ou autônoma, porque  juntos semeiam e oram pela colheita com completa dependência do Espirito, sem utilizar a própria força.

Uma vez redimidos, iremos apaixonar com o foco em Jesus, que é o Senhor da missão, indo em direção ao movimento de gente sedenta.

Ao completar meus 60 anos ganhei de um amigo, Jony, o livro a sublime arte de envelhecer, que  ensina pra “suportarmos com inesgotável paciência, antecipando cuidados mútuos de uns aos outros, nas suas fraquezas corporais e de caráter. Só quem abandonou seu ego é realmente livre, e nele Deus vai reinar, porque Deus nos envolve totalmente com sua proximidade amorosa. O passado só possui sobre mim tanto poder quanto eu lhe der”.


Faço a seguir alguns retrospectos de 10 em 10 anos, apenas relembrando a historia para rememorar a missão e manter a gratidão pela vida.

Nasci no meio dos anos de 50. Primeiro dia de maio de 55.
Durante os anos de 60 até a adolescência, trabalhei auxiliando meu pai Edson F. Alves na sua lavanderia, comendo muito pudim, enquanto ele almoçava e depois como ‘boy’ para serviços de bancos e auxiliar no escritório Ético, onde trabalhavam duas primas Leny e Lacy Balmant com o Braz Rozado Costa, que também  faziam o controle contábil do armazém-supermercado Mol que meu pai gerenciava.
Nas ferias de julho e janeiro, quase sempre eu ficava no sítio do córrego dos Ipês com a avó Cecilia Balmant e o avô Didi - Oscar F. Alves, quando frequentava uma congregação presbiteriana na roça.

Nos anos 70 já aproximando a juventude, aproveitei da experiência de sair e ficar 500 km distante da família aos 17 anos, quando cheguei em Viçosa, recebido pelo Braz Rozado Costa, fazendo vários projetos juntos, sendo transferido para filial do escritório Etico em Fevereiro de 1973, quando fui encontrado pelo ‘Reve’ (Pastor Elben Cesar) a pedido, por um bilhete enviado pelo meu Tio-Avô, Aristides Balmant, ex-prefeito de Conceição de Ipanema, tendo sua filha sofrido um acidente com morte na zona da mata, recebeu o apoio do 'Reve' quando pastoreava em Ubá próximo dos anos de 1958. Depois, trabalhando em tempo integral e formado em C.Contábeis em 78, com marcantes experiências na liderança de jovens ABU, UMP, Acampamentos em Teresópolis, Florianópolis, diaconia, controladoria de empresas na cidade pelo Etico, direção administrativa em apoio na Revista Ultimato e outras atividades.

Nos anos 80, veio o presbiterato, o casamento com a Edna, o nascimento dos quatro filhos Kezia, Sarah, Kalebe e Hadassa, e de ser Co-Fundador da Rebusca, do CEM como diretor, PZMN como tesoureiro e já na UFV auxiliando os primeiros passos do nascimento do Instituto de previdência Agros, do supermercado escola, laticínios viçosa e da fundação de apoio Funarbe como diretor financeiro. Mudanças de moradias da rua feijó bhering, para a rua dos estudantes e depois para a nova casa no bairro da ‘Cabana’ no final de 87. Trouxemos de mudança pra Viçosa meu irmão Wiliam F. Alves com 14 anos e a minha cunhada Eliamar Cavallero de Moraes com 17 anos. Depois os pais da Edna de Rancharia-SP, Oziel e Joana Moraes e mais tarde os meus pais Edson e Eny Alves de Mantena-MG.

Nos anos 90, foi a especialização profissional na FGV com a universidade de Ohio, presidência de conselhos, diretorias diversas, consolidação da Funarbe, criação da Incubadora de empresas base tecnológica, Centev e Editora UFV e muitas outras atividades eclesiais. Houve o inicio dos primeiros grupos familiares de comunhão e debates para a formação de uma Comunidade ou igreja na região de Silvestre, Violeira ou João Bráz num grande desafio missional depois de confirmar, a não saída para ajudar na Visão Mundial em Moçambique, também assumindo a presidência do CEM.

Nos anos 2000, congressos e participações nos EUA, Equador e em eventos nacionais sobre missões, gestão do terceiro setor e de profissionais em finanças. Convênio internacional do CEM reorganizando a Interserve Brasil para envio de fazedores de tendas. Presidência do Conselho Deliberativo do Agros. Reestruturação social e administrativa da Associação ‘Asas de Socorro’ em Anapolis-GO, criada por americanos na área de aviação civil para apoiar a região amazônica, assumindo a presidência com o fim de treinar uma liderança brasileira. Fortalecimento organizacional das Livrarias, Café Cultura e da Editora UFV. Experiências da Kezia nos EUA com o apoio dos amigos Ney e Cassia Sakiyamma. Da Sarah na Inglaterra quando estudava na Universidade de Alfenas-MG. Casamento da Kezia com o Beto. Co-Fundador e líder da CPV e suas parcerias sociais envolventes na região do Bairro João Braz e Violeira.

Nos anos 10, experiências da Hadassa na Inglaterra e sua mudança para capital de São Paulo. Revitalização e reestruturação dos serviços de Radio e Televisão Universitária pela fundação Fratevi e da cultura e extensão com as Livrarias UFV, Hotel cee e outros projetos pela fundação de apoio Facev como Presidente, ocupando a casa 3 da Vila Giannetti. Também, o casamento da Sarah com o Toni, do Kalebe com a Daniele e o nascimento de quatro netos.

Agora em 2017, desliguei-me no meio do mandato para potencializar novos lideres do Colegiado da CPV, vindo a aposentadoria por idade da Edna no INSS dia 18-outubro aos 60 anos. E em Dezembro, dia 18, será o meu último dia como funcionário ativo na UFV, apesar de continuar por mais um ano como Consultor de Governança, assessorando a PEC-UFV na consolidação organizacional das fundações de apoio Facev e Fratevi, a pedido da Reitoria.

Lembrei-me da ginástica de João em Apocalipse 1.10-19: Ouvi por detrás de mim, voltei-me e vi, quando ví caí, quando caí, levantei-me e escrevi.

Poderia continuar regular e legalmente até completar 75 anos em 2030, mas ví e optei por aposentar, entendendo que esta é a hora de começar uma nova carreira, uma nova etapa com os valores da essência missional de Jesus.

Edgard F Alves



22.11.17

Para onde eu vou, ao morrer?

Qual o papel ou função do fiel e verdadeiro cristão? (do Redimido). 

Orar antes, e falar, compartilhar: 
Como podemos entrar no céu (eternidade)? 

Para estar de volta à origem na forma e ambiente em que o homem foi criado. 

Tendo autoridade de vida para falar,  percebendo onde as pessoas estão e indo ao encontro delas ou recebendo com hospitalidade, gentileza, sorriso, convicção e entusiasmo.

O Redimido reúne para comunhão, apoio mútuo, louvor, relacionamento, e sai para levar a mensagem, testemunhando e plantando a semente, como sal da terra e luz do mundo, onde o Espírito usa e cuida. Mesmo redimido, ele carrega a dupla carga, com o peso da sua natureza, potencializado numa caracteristica das 9 faces da alma. 

O NÃO Redimido pode reconhecer e entender a sua realidade natural, que é sem possibilidade de conserto, por causa da herança pervertida e desistida da comunhao com o Criador. A Justiça foi aplicada em amor, não exigindo nada em troca ou em pagamento. Nada que se faça de bom consegue pagar o alto preço do resgate realizado. Agora pode-se ter a convicção e certeza absoluta, se houver aceitação e dependencia desta Justiça, como Graça imerecida, impagável, amorosa e de graça, mesmo sendo quem somos. 

O NÃO Redimido, com as 9 faces da alma (Eneagrama):

1 – (Karl Barth) – Ira. (Pedagogia, Tolerância e Paciência).
Quer ter razão a todo custo e condenam os outros. Quando esgotado assume traços subjetivos, melancólicos e autodestrutivos.

2 – (Madre Tereza) – Orgulho. (Solitude, Misericórdia e Solidariedade).
Considera-se “insubstituível” e quer que os outros tenham culpa dele. É criativo, suporta a solidão. Descobre e aceita as próprias necessidades.

3 – (João Paulo II) – Mentira/Vaidade. (Ambição, Energia e Visão).
É difícil desde a infância perceber seus verdadeiros sentimentos, devido a muitos papéis que representam. Desmazelado, se entregam a vícios. Ator nato.

4 – (José) – Inveja. (Criatividade, Sensibilidade e Naturalidade).
É melancólico, atrapalhado, alheado e duvida de si mesmo. Odeia as pessoas da qual depende.

5 – (Tomé) – Ganância. (Distância, Sobriedade e Sabedoria).
Tem traços niilistas e esquizóide. Torna-se egoísta, recolhe-se dizendo sempre estar bem. Perde-se no ativismo sem objetivo. Busca consolo em prazeres sexuais.

6 – (Pedro) – Medo. (Fidelidade, Obediência e Confiança).
Autoritário e doentiamente desconfiado. Não presta atenção aos sinais internos de alerta. Mente e trai para salvar a própria pele.

7 – (Francisco de Assis) – Intemperança. (Festividade, Alegria de viver e Sofrimento).
Medo de entrar em contato com a dor e a escuridão. Pendor para prazeres excessivos. Medo de profundidade. Sempre sorrindo em nome do bem.  

8 – (Martin Luther King) – Imoralidade. (Confrontação, Clareza e Onipotência).
Hostil e violento. Medo de perder o poder. Volta sua agressividade contra si mesmo. Perigo de suicídio.

9 – (Jonas) – Preguiça. (Serenidade, Amor à paz e Amor).
Ocupado em reprimir impulsos fortes de ordem positiva e negativa. Retira-se facilmente como mecanismo de defesa. Masoquistamente depende dos outros, como autoridade, que por ele deve viver e decidir.

Do Livro: Eneagrama. As 9 faces da alma.

Autores: Padre Católico e Pastor Luterano, Richard  Ronh, Andreas Ebert.

A IGREJA É APENAS O MEIO FACILITADOR DA FÉ. 
A FINALIDADE, A ESSÊNCIA E PRIORIDADE ABSOLUTA,  É A JUSTIÇA EM JESUS, QUE GERA A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE. 

Edgard F Alves 

28.10.17

Brasil, olha pra cima. Para aprender.

O verbo no particípio e sempre consertando. 

"Homens com tanto poder e nenhum coração. Volta os olhos pra Deus, o justo Juiz", é o que diz a canção do músico João Alexandre com a letra "Pra cima Brasil". Musica tocada na Radio FM Universitária 100,7 da Fratevi-RTV-UFV. 

Esta música revela com clareza a nossa fragilidade e tendência. Esta tendência foi enfatizada nesta semana, pelo "watsap", num parecer sábio de um conselheiro ao seu colegiado, sobre as discussões e dúvidas levantadas para uma eleição, quando ele disse: 
" Da forma que está, parece que nós temos a obrigação de decidir se o pastor fica ou vai embora. Pra mim, é mera burocracia. Relação entre o empregado e patrão, não é essa visao que eu quero ter. 
Estamos juntos nesse barco mesmo se ele afundar. E se estamos juntos, é em todos os momentos. Bons, ruins, agradáveis, repreensivos, instrutivos , de decisao, de chamar a atencao... 
Se for essa a relação, nao cumprimos a missao de influenciar vidas e discipular pessoas com capacitacao de Cristo. 
Se for assim, no dia que eu não agradar mais a comunidade servindo do jeito que posso no som, irão me mandar embora. 
Cada um com seu dom, cada um com um jeito, é assim mesmo, e gera discórdia. É comer um kg de sal juntos todos os dias. Mas, toleramos uns aos outros. Isso é o amor de Deus. Tolerar, andar junto, amar. Vejo que o pastor tem muitos pontos a melhorar. Assim como todos nós temos. Entao nossa decisão tem que ser a de crescer juntos idependente de qualquer coisa. 
Ai caberá as analises, definir objetivos, ensinar uns aos outros para andarmos no mesmo rumo. Aprendendo e crescendo
Para crescer temos que escutar todos, somos criticados, dói, machuca. Mas nao tem outra forma de crescer." 

Aprender é educar e ensinar. Isto nos faz lembrar da importância do discipulado, da cia de jugo, da meditação, da solitude, da escuta lendo a Bíblia e da oração, naquilo que chamamos quarto de escuta dos ativos participantes de uma Comunidade relacional. 

É pensar que ensinar alguém não envolve apenas passar-lhe conhecimentos, mas toda uma visão educacional da pessoa como ser humano dotado de subjetividade, identidade e vontade própria.

Nesse sentido, a palavra “educação” é mais abrangente do que ensino e tem mais a ver com cultura e formação. Literalmente educar é  “colocar para fora o ser” da pessoa. 

Educação tem a ver com o discipulado, para além do ensino. Mas poucos se dão conta da diferença entre educação e ensino. 

No senso comum, “ensinar” muitas vezes é definido como “transmitir conhecimentos”. É quando o professor “molda” a mente do aluno, de acordo com o que programou lhe “passar”.

Não houve ensino, se não houve aprendizagem, que é um processo, por sua vez, altamente ativo e autônomo. Trata-se de uma ação insubstituível. Não se pode aprender por alguém, da mesma forma que não se pode comer, respirar, ou conceber um filho ou o saber por alguém. 

E aprender, por sua vez, vem de apreender, que é agarrar algo com as próprias mãos. Então, ao contrário do que revela a prática de muitos encarregados do ensino nas igrejas, para ensinar não basta descarregar teorias e doutrinas sobre os indivíduos passivos. 
É preciso interagir com eles e estabelecer uma relação de mediação do saber, em que o aluno ou educando seja tratado como um sujeito, e não um objeto passivo.

Assim, ensinar alguém não envolve apenas passar-lhe conhecimentos, mas toda uma visão educacional da pessoa como ser humano dotado de subjetividade, identidade e vontade própria.

Foi essa a tarefa que Jesus mesmo, nos deixou na sua Grande Comissão. Ele mesmo, que foi o Mestre dos mestres, o Educador dos educadores nos deu o exemplo de como fazer isso, através do seu estilo relacional, amoroso e holístico de educar, jamais caindo na doutrinação, dos seus discípulos e todos aqueles que o rodeavam.

Infelizmente, pode-se contar nos dedos os líderes que têm esse conceito amplo de educação em mente, quando estabelecem objetivos para os seus ministérios de ensino. 

Mais do que uma Comunidade Ensinadora, ser uma Comunidade Educadora, que seja capaz de fazer discípulos de todas as nações para a construção e glória do Seu Reino. 

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do pai, e do filho, e do espírito santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.19-20). 

No versículo citado, ensinar, está no particípio, ou seja, é uma ação contínua, realizada ao longo do contexto maior do discipulado. 


Edgard F Alves

13.9.17

A consequência da reconciliação

Num grupo virtual, surge a pergunta de um genro:
Qual é a nossa função e pra que serve enquanto cristãos?

Depois de várias boas e comprometidas respostas, enfatizando amor sem eclesiologia institucional, serviço como sal e ser parecido com Jesus, a neta mais nova cita I Co 13.

Ainda me emociono com estas respostas e com a pergunta. Entendo que o propósito final é a reconciliação. Simples assim. 

E que nisto, a nossa função ou objetivo de vida, é a de sermos cooperadores ou exemplos ou testemunhas fiéis, no que fazemos e onde estivermos ou estamos, em casa ou qualquer lugar, em qualquer momento, tendo a intenção transformativa que é possível com a presença do Espírito, pois ele ficou aqui com os reconciliados, retirando o domínio do pecado, quando da subida ou retorno de Jesus, que voltou para preparar a morada eterna dos reconciliados, servindo neste ato, como advogado de defesa, pelos gemidos interpretados dos nossos sentimentos e intenções levados pelo Espírito da reconciliação, enquanto ainda se tem esta dualidade com a presença do pecado. 

Assim, somos testemunhas vivas, no modelo do homem Jesus, que veio para mostrar esta função pratica da reconciliação, que ficará perene sem a dicotomia da presença do pecado e destruindo satanás, no dia da sua volta que poderá ser hoje à meia noite. 

Como modelo, o homem Jesus aceitava todos os convites de ajuntamentos e festas. 
Tanto que, numa grande festa de casamento e ainda desconhecido por muitos, ele fez a sua primeira aparição pública pra mostrar que a água representa o mundo ou o povo vazio, pobre, simples, dominado e fraco, mas que todos poderiam se transformar em vinho do bom, representando com isto, a vida com alegria de dentro pra fora, à partir do coração, sem ser presidiário do domínio do pecado. 

Como testemunhas vivas da reconciliação, o mundo poderá ver e sentir a presença real do Espírito e convidar Jesus que aceita todos os convites de forma incondicional, sem avaliar ou considerar a pobreza ou o pecado ou a infidelidade humana, por causa do perdão. 

Nossa tarefa aqui na terra, não sendo nós deste mundo, pois somos do reino novo reconciliado, mas estando nele por enquanto, é a de perdoar o outro, servir o outro, o próximo, estando disponível em amor intencional ao não reconciliado ou ainda inimigo da Cruz, facilitando que ele convide Jesus para uma vida alegre em ajuntamentos como noiva ou igreja comunidade de Jesus. 

Então, não somos cristãos, nem crentes, nem evangélicos, mas fiéis discípulos e aprendizes do mestre Jesus, por convidá-lo sempre e todo dia pra comer, celebrar, decidir, caminhar em ajuntamentos, doando, porque "só é seu aquilo que se doar em amor ao outro", até a implantação final e completa do Reino reconciliado ou novo Éden. 

No passado, fomos justificados com o perdão da Cruz. 

No presente, somos fortificados ou santificados sendo cheios do Espírito, fora do domínio do pecado estando reconciliados pela cruz. 

No futuro, seremos livres da presença do pecado, dentro da trindade criadora e sustentadora de tudo eternamente, num exitoso retorno ao início do jardim como planejado e desejado por Deus.

Daí a ordenança de Jesus para obedecermos, indo, ensinando e fazendo discípulos, afim de que todos sintam o desejo de convidar Jesus e ser batizado, para no grande dia final poder entrar na nova nação e novo reino, pela Fé com a Graça reconciliadora de Jesus.
  

Edgard F Alves 

17.8.17

Crente ou Cristão?

BRINCANDO DE SER CRENTE OU CRISTÃO E OBEDECER O QUÊ?

Muitos vão à igreja, cantam, choram, buscam, experimentam e edificam o seu próprio altar.
Estes seguem rituais, tradições, culturas e o passado, como sacrifícios e empenhos “santos”.

Fazer discípulo é obedecer de forma orgânica e intencional. É ser relacional com pessoas que não tem somente coisas em comum. É modelar a Jesus. É colocar lado a lado da pessoa amiga. É ter pés no chão, por ser cuidado sem nenhum merecimento próprio, sendo vulnerável e exposto um com o outro, sob companhia de jugo e mútua prestação de contas. 

Fazer discípulos é obedecer ajudando nas fraquezas uns dos outros, formando um forte e grande Corpo com Jesus, que é a Igreja com ‘I’ maiúsculo e não somente ser cristão ou crente de uma eclesiologia institucional. Ser crente evangélico ou cristão não significa nada e não diz quem é de fato um discípulo fiel do Mestre Jesus.

Uma vida discipuladora do fiel discípulo aponta pontos cegos ou tendências a erros, corrigindo, exortando, repreendendo e ajudando a consertar um ao outro mutuamente. Uma vida regular que ama a repreensão, buscando ser irrepreensível com vida na vida, andando juntos.

Ele caminha para ser aprovado no último dia, no dia da volta do Mestre Jesus. É sempre profundo e nunca superficial e entende que todos nós somos fracos e precisamos do Corpo em mutualidade, que é a igreja em grupos pequenos ou núcleos relacionais.

Núcleos que reverberam a Palavra na prática com a família, ruminando, repetindo os princípios que tornam cada momento muito especial e ajuda na perseverança. O ritmo e o “prato” da semana é a mensagem da celebração do domingo. 

Discipulado não é verticalizado ou hierárquico e nem institucional ou independente um do outro, como comumente julgam os "super" crentes ou "super" cristãos. Uma vida discipuladora é a responsabilidade de todos os fieis que se agarram com o Mestre Jesus. É sabedoria e responsabilidade de todos os seguidores, como sacerdotes reais. “Isto também transmite a outros fiéis” – “Habite em vós” – “Instruí-vos, ensinai durante o tempo que se chama hoje”. 


Discipular é obedecer a Jesus e amar o próximo. São os fieis discípulos que oxigenam qualquer organização, numa época de alta tecnologia e comunicação rápida, quando os sentimentos são descartáveis e o conhecimento é muito superficial. O discípulo fica cheio do Espírito e é usado com comprometimento missional e vocacional para servir o outro, agindo em amor, comunhão, ética, moralidade e salvação das pessoas alicerçadas na Rocha eterna que é somente Jesus. 

A Bíblia como regulamento, regimento, iluminação de Deus e nossa única regra de fé para a prática, diz que obedecer é melhor que o sacrifício. Sendo que obedecer é ser embaixador.
Embaixador é aquele que leva e mostra o seu País com coerência, fidelidade, paixão e justiça. Ele obedece aos comandos e os interesses do seu País.

O fiel é um discípulo. O discípulo é obediente como aprendiz.
O Discípulo é aquele que copia, imita e aprende com o Mestre, mesmo não conseguindo ser igual ao Mestre.

O Mestre Jesus é super coerente, obediente, dependente do Pai e perfeito em tudo e deseja que seus fieis discípulos o imitem em tudo.
Apesar da nossa limitação, da nossa pecaminosidade, das tendências erradas, imprudências, auto-confiança e independência, o Mestre acolhe, orienta, atende, escuta e ainda nos defende junto ao Pai, por causa da Graça, cada um dos seus discípulos fieis.

A Graça é de graça e totalmente independente da nossa natureza quedada. O Mestre tomou as nossas crueldades, dores e fez questão de sofrer as nossas culpas, nos livrando do mal feito no passado, no presente e no futuro. Isto é a Cruz. É morrer pra nós mesmos para nascer de novo, tendo uma nova vida. 

O Mestre é imitável e enviou o Espírito para habitar nos corações dos discípulos fieis, para interceder, orientar e cuidar, de forma extraordinária até com gemidos, a fim de interpretar os nossos sentimentos e necessidades, honrando o que o Mestre fez no nosso lugar, dando a sua própria vida em resgate deste relacionamento íntimo e de parceria. 

O Mestre faz questão de modelar, mostrando o padrão final Nele mesmo, pela atuação direta do Espirito, transformando vidas em Discípulos que fazem novos Discípulos e seguidores do Mestre Jesus.

Edgard F Alves 

13.7.17

Calculando o uso do "tempo"

ERROS QUE COMETEMOS COM O INADEQUADO USO DO TEMPO

     Normalmente não criamos o hábito de um tempo em solitude.
Isolamos-nos dos relacionamentos em comunidade com o diferente.
Sem tempo para aprender, experimentar, celebrar e divertir.
Sem priorizar a família, amigos, vizinhos e vivência comunitária.

O rei que controla este mundo (lúcifer) e a nossa própria natureza quedada da sua bela origem, com sentimento, inteligência e vontade à semelhança do Criador, nos atrai para diversos tipos de erros e entendimento de Jesus e não o autêntico Jesus revelado na bíblia, como um retrato feito pelo Espírito que nos orienta, instrui e que ainda intercede em amor, desviando-nos das nossas próprias tendências.

Pertencemos por escolha, decisão e aceitação confiante, ao Reino instalado sendo dirigidos pelo Espírito, mas a grande dificuldade é que vivemos dentro de outro reino neste mundo, causando sérios conflitos pela influencia de satanás que sabe aproveitar bem da nossa cultura, tradição, dúvidas e medos.

É uma arte ou dom, o estado relacional com o Espírito, para aprender utilizar bem o tempo das 168 horas por semana que temos disponíveis para viver bem (em 7 dias de 24 horas).

1)- Devemos usar 5 horas semanais, como base essencial, incontestável, segura e firme de todas as demais atividades e decisões, numa meditação pessoal, em solitude, com sondagem do coração, mantendo o hábito da intimidade sozinho escutando diretamente o Criador, que se manifestou em Jesus e atua hoje no Espírito Santo, criando um tempo regular próprio e diário com Ele.  

2)- Devemos usar 15 horas com a família para o exercício social e relacional em comunidade entre os diferentes com encontros de celebração, visitas, vizinhos, eventos e encontros de grupos, servindo o outro.

3)- Podemos usar 15 horas para experiências, análises, atualizações e novos conhecimentos com leituras de bons livros, revistas e internet.

4)- Podemos usar 5 horas didáticas de forma livre, lúdica e celebrativa com a família e parentes, comemorações, também para anotações e memórias.

5)- Podemos usar 15 horas para cuidados pessoais, alimentação, saúde, locomoção e exercícios físicos.

6)- Precisamos usar 45 horas para o trabalho, família, casa, pesquisa, estudos, sustento e serviços ao outro.

7)- Devemos usar 68 horas por semana para relaxamento, diversão, descanso e sono recuperador.



Edgard F Alves 

14.6.17

Uma das filhas pergunta ao seu pai:

A filha mais nova quer saber. 

   Pai, Onde fala de mordomia na Bíblia? 
Qual reflexão você pode fazer em Ester sobre Mordomia?

Filha, primeiro vamos tentar definir o que é Mordomia.
É aquele incumbido que responde pela direção da casa, dos bens e do ambiente. Hoje seria o Administrador. Ele não é o dono, o sócio ou o proprietário, mas tem inteligência, liderança, pro-atividade e a confiança absoluta do Dono da casa. O Dono lhe confia tudo o que ele tem para ser cuidado e desenvolvido pelo Mordomo: organização, liderança da equipe, terras, dinheiro, jóias, amigos, parentes, filhos, alimentação da família e todas as suas riquezas e projetos. 

Ester 1.8 fala do Mordomo, que recebeu orientação do Rei para servir livremente os convidados.
O poder e posição do Rei são notórios. Quando um Rei ostentoso considera sua influencia uma extensão da sua própria identidade, acaba usando como instrumento de manipulação, seu desejo próprio, desviando da essência, do objetivo e foco principal.
O Mordomo é aquele que obedece por estar próximo e bem relacionado ou íntimo da confiança do Rei.

Gênesis 1.28 fala da determinação do Senhor, para que Sua Criatura cuidasse, multiplicasse e dominasse sobre tudo na terra.
É o chamado, a ordenança, a responsabilização pelo serviço, a fim de cumprir a missão do Dono e Criador de tudo, para trabalhar com Ele, onde Ele está trabalhando até hoje. Todo o trabalho ficou evidente na humanização e vida exemplar de Jesus na terra.  

Lucas 12.42 fala do Servo bem preparado, que aguarda o retorno de Jesus, numa história do administrador fiel e sensato.
Quando o Mordomo começa a sentir-se o dono ou sócio dos bens do seu Senhor, ele trai o seu Senhor. 
Quando o Mordomo deixa de cuidar com zelo e fidelidade dos bens do seu Senhor, ele se torna infiel.
O Mordomo traidor e infiel, não consegue mais ouvir a orientação e as ordens do Dono, deixa de conhecer a vontade do Dono, apesar do Dono continuar da mesma forma ao lado do Mordomo.

A missão, o desejo e o propósito do Senhor, nosso Dono, é somente ter a companhia, intimidade, relacionamento prazeroso com toda a Sua criatura, para que Lhe obedeça estando no caminho certo, a fim de atingir este alvo com maior proximidade, trazendo outros dispersos, para juntos viverem eternamente em comunidade.  

Assim, a nossa tarefa maior é lembrar sempre que todo o nosso trabalho é primeiro com a justiça de Deus.
A justiça de Deus é o retorno de Jesus pela crucificação, daqueles que reconhecem o pecado, podendo esperar o dia final do juízo na volta de Jesus.
A justiça sendo Jesus, Ele é o nosso Dono e Senhor. Dele temos de ouvir a orientação, imitá-Lo em tudo, cumprir os seus ensinos e desejos, da mesma forma que Ele cumpre os comandos do Pai.

Isto implica no compromisso do contrato, da aliança, do chamado, da ordenança. Logo, temos de zelar pelo que é melhor para as nossas relações entre pessoas, na família, no trabalho, no governo, na empresa ou onde estivermos. 

O melhor não dá pra fazer sozinho. A aliança não é só para Abraão, pois vivemos em comunidade relacional. Pra isto priorizamos viver em equipe, lutando juntos, porque juntos somos melhores. Mas a hierarquia humana, por causa da “pecaminosidade latente” não permite perfeição nisto, uma vez que as pessoas se tornam o grande desafio, pois todos os conflitos são com pessoas. Se não souber resolver os conflitos, ficará sempre mudando de local e de pessoas.


A nossa humanidade e a guerra constante com Lucifer, nos atrai pra diversos tipos de Jesus e não para o Jesus nosso Rei, autêntico e revelado na Bíblia, como um retrato feito pelo pai e colorido pelo Espírito.

Tipos de Jesus que servimos com a nossa própria influencia e poder: Jesus do dinheiro, próspero, salário, benção, emprego, liturgia, pregação, aula, ensino intelectual e conhecimento sem profundidade ou sem maturidade.


Sem entrar todo dia em meditação no quarto de escuta pessoal, não se conecta com o Jesus autêntico, porque Ele é relacional, de andar unido e nos acompanhando em tudo. É a revelação bíblica que nos apresenta quem de fato Ele é, para podermos caminhar de forma parecida com Ele, como sendo o nosso irmão mais velho, em plena obediência para torná-Lo conhecido e obedecido, pois fomos comissionados por Ele, estando com Ele e N`Ele. 

Com a justiça de Jesus, conseguimos equilibrar a hierarquia, não importando com ela, para fazer o melhor onde estamos e no que estamos fazendo em todo momento, tendo tudo em comum.

Edgard F Alves 

4.5.17

Como a igreja de hoje é um campo missionário?

Qual é a importância da Igreja e porque devemos participar dela?

   Estas perguntas nos alertam para a realidade do mundo cruel. Ainda não conseguimos entender completamente que a igreja faz parte de uma guerra constante declarada por Deus a satanás e seus descendentes contra o Filho da mulher (Jesus), conforme Gênesis.

Concordamos com a exposição do CSLewis, quando escreve nas cartas 16 e 17 do seu livro: “Cartas de um Diabo ao seu aprendiz”, afirmando que uma das grandes realizações do maligno foi instruir ao seu aprendiz que é mais fácil transformar os homens em glutões com a ajuda da vaidade, tendo apreço pelas iguarias. Que gula não está no excesso, mas no sensorial, na delicadeza. Que é mais eficaz investir nos homens para serem degustadores, “connoisser”, tornando-se exigentes nos detalhes, sofisticados no paladar, em relação ao vinho e à comida, ao ponto exato da picanha especial, ao cozimento da massa, até chegar ao limite da simplicidade de comer, dar lugar à sofisticação gastronômica, demitindo cozinheiras e desconsiderando garçons, pela complexidade dos gostos com exigências nos detalhes e desejos sofisticados. 
Como igreja corremos o mesmo risco. 

A simplicidade, a liberdade e a pureza do Evangelho não mais provocam prazer na maioria dos crentes, pois nos tornamos exigentes, detalhistas e institucionais, submetendo-nos à complexidade de gostos e desejos sofisticados.

A guerra declarada em gênesis e a influência da degustação e sofisticação por satanás, com a multiplicação e crescimento da igreja do primeiro século, saiu da simplicidade, liberdade em mutualidade relacional e pastoreio dentre os discípulos de Jesus, para a complexidade institucional, exigências de detalhes, gostos pessoais, programas e templos na busca pela excelência e desejos próprios. Os cristãos foram se multiplicando, transformando-se num fim em si mesmos, organizando, criando instituições, formas e ritos, com estruturas complexas.

Cremos no Pentecoste, quando 120 discípulos receberam alegremente o Espírito e logo saíram anunciando a Justiça da Cruz e Ressurreição, fazendo discípulos com a própria vida, de forma livre, com simplicidade e leveza, celebrando cada vida relacional com Jesus. 

Entendemos que todos aqueles que procuram adentrar de alguma forma num grupo pequeno, Núcleo ou numa igreja, assíduos ou não, líderes ou não, oficiais ou não, mesmo nem sempre sendo perceptível, ficam expostos à ação direta do Espírito que usa os que servem no Reino, sendo a igreja um ambiente mais forte e sensível que noutro lugar ou ajuntamento qualquer onde também o Espírito atua através dos discípulos, como no trabalho, emprego, clube, lazer, bairro e vizinhos.

Entendemos que a igreja núcleo comunidade é um amplo campo missionário, pela disponibilidade de alguns em apoiar e andar junto em amizade com aqueles que procuram adentrar, num meio onde se ampara uns aos outros para aprender ouvir a orientação de Deus, pela solitude com leitura da Bíblia e Oração pessoal no quarto de escuta diário, com o fim de fazer discípulos, sendo cada vez mais parecidos com Jesus, dentro de uma comunidade relacional de discípulos discipuladores com o Mestre e não para o Mestre.

A igreja comunidade é unicamente a que faz discípulos de Jesus de forma relacional, trabalhando junto com o Mestre e confirmando que a transformação não é através de informações, conhecimentos e razões, mas somente pelo Espírito onde existe discipulado, a começar com os pais em casa com as crianças. Por isto, é mais fácil achar cristãos que encontram a igreja certa, do que simplesmente cristãos que encontram o Evangelho. É mais fácil servir aos diversos interesses e gostos pessoais, do que ao próprio Jesus e Seu Evangelho de vida na vida.

O cristão fiel vai para a igreja, indo para servir o outro como um campo missionário, não para receber, barganhar ou se mostrar, mas disponível para ser usado pelo Espírito como Lhe aprouver com aqueles que por engano buscam novidades ou sendo enganados estão indo e de alguma forma expostos à ação do Espírito. É preciso ficar juntos, porque juntos somos melhores.

Ao mesmo tempo somos carentes de apoio emocional e amizades sinceras, que poderão se transformar em discípulos fieis de Jesus. Apenas os que servem o Reino, podem fazer discípulos entre os líderes, presbíteros regentes, docentes, diáconos e demais participantes, servindo em amor e amizade na plena submissão à Missão e chamado da salvação em Jesus.

Edgard F Alves 

24.4.17

Amigo Próximo

“Não existe nada melhor, que ser amigo de Deus” 
 Do Milton Nascimento: “Amigo é coisa pra se guardar, debaixo de sete chaves”.

    Aqui, Celebramos os atos poderosos de Deus durante a semana no trabalho e em casa. Inclui o café abraço ministrado por uma família a cada semestre.
Vamos pensar sobre amizade. 
amigo próximo – amigos de Deus. 
É celebrar em relacionamentos e abraços em três pilares (igreja - lar - núcleo).
Daí os núcleos familiares, para evangelismo nas casas durante a semana, tendo o foco no assunto da mensagem de domingo, para edificar um ao outro com prestação de contas, provocando a solitude na devocional pessoal e com os filhos.  

Textos
Tg 2.19-23 – Amigo de Deus. 

A Má notícia
Tg 4.4 – Inimigos de Deus.

Historia - GPS – Waze – Saindo de S.Paulo semana passada, liguei o Waze na Marginal Pinheiro para pegar a Dutra e a Fernão Dias na pista central da marginal, tendo o GPS dirigido para entrar à direita, quando ví já tinha passado e o muro da central não deixava mais entrar. Mais de uma hora perdida para retornar e reencontrar a saída com a ajuda do Waze. 

Assim é o Pecado. O nosso caminho próprio. Pecamos quando deixamos de ouvir a Deus orientar e seguimos a nossa própria direção. 

O Waze mesmo errando, não deixa de reorientar, fazendo o retorno até achar a saída.

Deus também continua orientando persistentemente, mesmo caminhando de forma errada, mas a gente continua tentando o caminho próprio, não ouvindo e entendendo o comando ou orientação Dele.

O pecado, a nossa pecaminosidade latente, a nossa natureza, não deixa escutar Deus e ouvir a sua orientação para o caminho certo. 

Mas Deus continua insistindo na orientação e no retorno com Jesus. Nunca nos abandonando, apesar da nossa surdez.

A Boa notícia
A fé com o serviço – a fé com obras.
Abraão foi considerado amigo de Deus, porque ouviu e cumpriu a orientação de Deus.  v.23
Podemos formar um caminho de amizade, através do qual o Senhor vai se apropriando de toda a nossa vida. E vamos desenvolvendo um relacionamento com Ele.
Este relacionamento intenso e íntimo é a apropriação do Espírito em nós, que chamamos de santificação, para sermos pela fé com obras, chamados amigos de Deus

Deus está sempre por perto mostrando o caminho correto, como faz o GPS, mas nós insistimos em não ouvir a instrução de Deus.
Abraão e Ló – ricos – gado, prata e ouro. 
Abraão não se prendeu demais aos seus direitos pela amizade com Lo.
Deus gostou da atitude de Abrão. Ele foi considerado o Pai da fé.
Melquisedeque – um tipo de Jesus.
Abençoou Abraão e gostou da sua atitude.

O que Deus deseja é ser nosso amigo para nos instruir sempre.
Mantenha à esquerda, entre na próxima saída, siga leve. O meu fardo é leve.

O que é ser amigo próximo?
Tem amigo mais chegado que irmão.
Amigo orienta, apóia, é fiel, cuidador, doador, companheiro, amparador, tem comunhão, intimidade, também exorta e corrige.
Como fez Abraão, não se prende aos seus direitos, numa atitude de servir o amigo.

Exemplos de amigos
v. 23 – Abraão creu, saiu, cumpriu, levou Isaque, único filho, ao altar para sacrificar e foi chamado Amigo de Deus.
Isaque não foi morto, mas foi como se ele tivesse ressuscitado, indicando o que no futuro aconteceria com Jesus.
Mais de mil anos depois, chegamos em Jesus.

 - Jesus - Relembrando a Páscoa
A páscoa acontecia uma vez por ano, para celebrar a libertação, a passagem pelas casas que tinham sangue nos portais.
Usavam o cordeiro, a ovelha para sacrificar.
Mas antes a ovelhinha ficava durante uma semana inteira dentro de casa brincando e fazendo amizade com a família e no final da semana ela era morta para celebrar a páscoa.
Lembra de Jesus que ficou 3 anos convivendo e fazendo amizades com os discípulos, Fazendo amigos próximos. Andando juntos, ficando mais próximo de 3 amigos Pedro, Tiago e João e no final ele foi morto, mas ressuscitou no domingo pela manhã.
A Bíblia diz que Ele foi levado como ovelha para o matadouro. Ele não abriu sua boca.

 - Outros amigos de Deus
Noé, Davi, Daniel foram chamados de amigos de Deus.
Elias, Enoque foram amigos arrebatados aos céus.
Paulo, amigo de Deus, subiu aos céus e viu coisas que nem conseguia contar aos amigos.

Como podemos ser amigos de Deus hoje? Sem tempo, tudo rápido.
Com a Internet, tempo corrido, tudo virtual onde todos estão concentrados em si mesmos?

1- Tendo clareza para ouvir a orientação de Deus.  – Mas Como?
Creio que se está na Bíblia é de Deus. É a única regra de fé e prática que temos.
Lendo a Bíblia todo dia, será o nosso GPS para o caminhar seguro.

2- Entendendo o cristianismo, que não é um sistema ou igreja ou código, credo, culto ou costume, Mas Cristo.
Cristo é uma pessoa e deseja uma relação pessoal de amigo bem próximo. – Como?

 3- Cuidando da solitude. Da devocional diária que chamamos de quarto de escuta, para ler a Bíblia, Orar e Escutar Deus orientar aprendendo ler a Bíblia. 

 4- Com a Léctio Divina.
É leitura orante das Escrituras. Um momento de silencio e reflexão para escutar. 

Porque oramos mais segundo as nossas necessidades e fraquezas, mas também devemos orar para sentir e ouvir a orientação de Deus em tudo que vamos fazer ou decidir. 

Edgard F Alves. 

MSG na Celebração Comunitária da CPV dia 23 de abril de 2017, no primeiro aniversário do Reve (Elben César) depois da sua partida para junto do Pai. 

24.3.17

Uma amiga me pergunta

Uma amiga me enviou no watsap a seguinte questão pessoal: 

    ---- "Minha irmã está sem tempo com as ultimas obrigações assumidas na universidade e eu não sendo líder, ainda sem preparo e sem treinamento posso pensar em assumir o Núcleo e o Discipulado com a minha Avó, no lugar da minha irmã, como já temos feito?" 

A resposta imediata foi: 

Claro que sim e deve, pois a disponibilidade para servir o outro, contém a capacitação do Espirito, quando se tem intimidade com Jesus, pelo habito diário de ouvir e sentir Jesus a sós no "Quarto de Escuta", numa solitude com a leitura da Bíblia e Oração

A dependência completa em todos os níveis e sentidos do Criador, pela justiça de Jesus, na orientação e instrução permanente do Espírito, faz tudo funcionar bem. 
Fora disto, fora desta conexão, tem de saber fazer, tem ser capaz, tem de estudar e preparar muito se tornando independente e auto suficiente como o inimigo quer e fez com a igreja nos primeiros séculos, desviando da comunidade primitiva dos apóstolos e até hoje anda fazendo com grande astúcia da mesma forma que fez com Adão no Éden. 
  
Mas a nossa missão é esta. É pra isto que vivemos. É pra servir o outro em amizade relacional e em ajuntamentos de verdadeiros adoradores, que servem, veem e sentem o Reino de Deus ainda em profundo preparo, para a sua implantação definitiva na volta de Jesus.  

Em função da pergunta e da resposta, observar as seguintes considerações: 

1 - O que se chama de "Grande Comissão" e de onde deriva o Discipulado (ensino) em Mt 28.18-20, não diz que o chamado de Deus é pra irmos onde nunca fomos ou de onde nunca viemos e nem para ensinar teses, teorias, com ferramentas apropriadas, métodos, apostilas, vídeos, filmes, aulas, sempre bebendo "leitinho" a vida toda, mas indo, ou seja, enquanto vai, onde e no meio que você está inserido, família, filhos, trabalho, vizinhos, sem limites de distância, encarnando com Jesus, ensinando com a vida na vida, tendo praticas coerentes e assim, trazendo novos discípulos para Jesus, a fim de que todos sejam parecidos com Jesus, porque é Ele próprio quem garante estar sempre junto e próximo para que isto seja efetivo e eficaz. 

2 - No fundo, no fundo, quem de fato atrai, toca, muda corações, convicções e transforma em discípulos de Jesus é o Espirito Santo, que mora dentro no verdadeiro cristão. 
Jesus afirma que aquele que o Criador (o Pai) atrair e Me trouxer, Eu o receberei e o enviarei para obedecer e nunca vou deixa-los órfaos. Obedecer é servir em gratidão pelo reconhecimento do amor e da Graça com a completa visão de Reino do Criador. 

3 - É certo que todo cristão precisa ser Cristo, compartilhar, relacionar, conhecer, ler, receber instruções, analisar, discutir, estudar, pesquisar, caminhar juntos, sendo acompanhado, mentoreado e prestando contas, para amadurecer e fortificar, mas sem a inseparável devoção pessoal e disponibilidade para servir o outro, nada funciona. 
Haverá desentendimento, estagnação e comodismo caso não haja Oração, reduzindo a eficácia de ser parecido com Jesus e ainda se expondo à atuação do inimigo, que procura desviar o foco do Redentor (Jesus), por tê-lo dominado completamente no "hades" (em espírito na morte da cruz, no inferno), tornando seu maior inimigo até o dia final da Sua volta, quando o inimigo será extinto. 

4 - Facilmente podemos ouvir, entender, discutir, formar senso crítico, científico e analisar verdades, sem deixa-las entrar no coração. Sem interiorizar. Sem espaço para depender do Criador. 
O que entra no coração, não vira monólogo, mas diálogo, comunhão e conversa entre amigos. 
Daí nascer o resultado e a ligação do Quarto de Escuta particular com o relacionamento em igreja para se desenvolver para a maturidade e da maturidade para o serviço. 
Preferencialmente devemos ficar dentro de uma igreja que valorize relacionamentos em comunidade à partir de pequenos grupos de comunhão e evangelização com discipulado.  

5 - Ser cristão é ser Cristo, é ser semelhante, parecido com Cristo, investindo intensamente naquilo que não passa ou não acaba, porque o plano de resgate total estará completo e perfeito no dia da volta de Jesus. 
A instituição, o cnpj, a construção, o método, a estrutura organizacional passa e acaba, não tendo nenhum valor, além de mudar com o tempo, mas a Minha conduta é coerente e não passará (Jesus). 
A verdade, a arvore da vida, o alimento, o pão da vida nunca mudará e ainda faz mudar pessoas por dentro e de dentro influenciar outras pessoas a conhecer e parecer com o Mestre Jesus, multiplicando discipuladores. 

6 - Não só para saber o que o Mestre sabe, mas para aprender como Ele é, e como Ele faz, sendo amigo, amando, relacionando e tornando-se a cada dia mais parecido como Ele, até aquele dia em que Ele voltará para instalar em definitivo o novo éden, como era antes no tempo inicial do primeiro Adão. ("Vem logo, Senhor Jesus"). 

Edgard F Alves