Estudando sozinho. Como entrar no quarto de escuta?
Ontem no nosso núcleo vários testemunhos, choros e desejos
pelo batismo motivaram um melhor tempo no Quarto de Escuta Pessoal.
Podemos oferecer em gratidão, a decima parte do tempo servindo
de investimento por uma vida saudável e equilibrada.
As 24 horas por dia somam 168 horas por semana, separamos
para o sono recuperador 8 horas por dia ou 56 horas por semana. A diferença é
de 16 horas por dia ou 112 horas semanais para se obter um bom uso do tempo,
como mordomos ou administradores que somos de tudo o que recebemos do Criador.
A decima parte do tempo semanal ativo, podemos arredondar
para 1 hora diária, seria o tempo em oferta de gratidão, investindo no
aprendizado sozinho.
Tempo suficiente para ler 1 livro por semana ou em 7 horas.
Como somos pequenos demais diante da criação, podemos aprender desde cedo a ler
livros, a biblia e estudar, pesquisando e analisando cada experiência e pensamento,
que certamente vai gerar criatividade e sonhos com a eternidade.
- Como posso estudar o Evangelho e a Bíblia sozinho?
- Qual a diferença entre solidão e solitude?
- Como posso reconectar comigo mesmo e com a natureza?
- Quem e o quê nos separará do amor de Jesus?
Estas perguntas nos remetem a ensinar caminhando juntos com a
prática e coerência de vida e não a pregar de forma sistêmica, ensaiada,
copiada ou empacotada.
Jesus não pregava como fazem os pregadores de hoje.
Solidão designa um vazio, uma incompletude, algo doloroso, triste,
louco ou mau.
Solitude traz o sentido oposto de estar conectado e em paz consigo
mesmo, num isolamento voluntário para reconectar consigo mesmo.
Posso reconectar comigo mesmo sempre, dentro do meu próprio
quarto de escuta, mas alguns lugares como um caminho bucólico de oração, sob a
natureza sadia, montanhas e árvores, nos convidam e animam a contemplar o
silêncio.
É preciso cultivar o jardim interior, tendo disposição para
buscar o silêncio e o isolamento, procurando sempre ouvir a voz de Deus,
interiorizando tudo que ouvimos.
Podemos ouvir, entender, discutir, analisar verdades, sem
deixá-las entrar no coração. Sem interiorizar. O que entra no coração, não vira
monólogo, mas diálogo, comunhão e conversa entre amigos.
Se julgarmos que uma provação, dificuldade, acusação,
tribulação, angústica, perseguição, fome, nudez, perigo, espada tem o poder de
nos afastar do amor de Deus, certamente nos afastará.
Ao fazer tais perguntas não muda as circunstâncias, mas muda
a forma como as vemos ou as julgamos.
Ao fazer tais perguntas adquirimos uma perspectiva correta e
amadurecemos nossos sentimentos.
Uma vez que se toma a decisão para crer em Jesus pela fé e
participa de um núcleo, tendo uma companhia de jugo que serve de pastoreamento
mútuo em discipulado, entra no momento do batismo apenas como símbolo ou selo
da decisão tomada, podendo caminhar para o primeiro passo em direção à
maturidade espiritual, aprendendo entrar na solitude para começar a estudar e
se beneficiar do estudo do Evangelho e da Bíblia sozinho, e, assim gerar o
cumprimento daquele desejo de Deus da satisfação com o homem criado para a sua
Glória, pela obediência de ser um embaixador ou forasteiro neste mundo, afim de
trazer outros homens para satisfazê-Lo ou glorificá-Lo.
Mas como de fato posso fazer isto?
Observando o Evangelho não temos necessidade de desprezar o
medo e fingir que ele não existe. Essa busca pelo conhecimento e entendimento
de Deus nunca vai chegar no final antes da morte, porque é a nossa fé que
cresce quando nos aprofundamos na solitude do quarto de escuta pessoal, gerando
o nosso próprio auto- conhecimento.
Nem sempre é suave e fácil, por ser sempre uma viagem
interior de introspecção, não sendo portanto, sinônimo de sentir prazer, gozo e
bem estar o tempo todo, mas de atravessar a dor da própria solidão, levando
todos os membros da família ao mesmo sentimento em Jesus.
Para isto, existem os encontros semanais celebrativos e de aplicação
nas casas, além de outros encontros especiais mensais para chorar e orar
juntos, reduzindo a igreja ou instituição para aumentar a ComUnidade de Jesus.
A igreja deve ser uma comunidade relacional vivendo na
diversidade, sempre buscando a unidade, assumindo a sua morte na cruz com
Jesus, porque já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim através da morada
constante do Espírito que guia, convence e gera segurança nesta vida.
A diferença entre a igreja e uma ONG ou qualquer outra
instituição, é que a igreja é uma simples Comunidade, vivendo em diversidade na
unidade de Jesus, possuindo o caráter pela habitação ou morada do Espírito,
visando o pastoreio mutuo sob o grande pastor Jesus, com a finalidade única de
maturidade, para levar outros amigos a entrarem no Reino aprovados por Jesus no
dia do juízo final para viver na eternidade, sem a dita “pregação de massa” mas
com ensino de vida na vida, como Jesus fazia. Esta é a única Missão de todo
cristão e missionário que é, onde ele está com a família e no trabalho, nunca
indo para ser, mas sendo um missionário começando aqui.
A finalidade suprema da comunidade é a de levar pessoas e amigos
para se encontrarem aprovadas por Jesus no dia do juízo final, agindo hoje
persistentemente sempre pensando num mundo distante e eterno, de forma leve,
simples, sonhadora, criativa, firme, convicta, como servo disponível ao
sofredor, mendigo, drogado, preso, etc. (como diz a música do Caetano Veloso –
debaixo dos caracóis).
No final, todas as luzes se apagarão e a escuridão assustará a
muitos, provocando grande arrependimento e valorizando a cruz de Jesus, como
diz o texto da abertura do Ultimato Novembro Dezembro pelo Pr Elben César.
Não precisamos de muletas para a Fé, mas sim a crença, a
certeza, a confiança, pois é Deus quem nos suporta e nos sustenta pela fé, com
total benevolência, bondade e justiça com misericórdia.
Edgard F Alves
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