A nossa neta (Cecília Balmant, cinco anos, de ferias em Viçosa) andou o tempo todo num aniversário
ontem, brincando e carregando no colo um cachorro
“poodle” bem dócil e sensível.
Lembrei que, com o acordo da Trindade Una, o humano foi colocado
no Jardim para trabalhar cuidando, aprendendo ouvir com entendimento, relacionando
e interagindo com amizade e amor todo dia, por ter sido criado à imagem e semelhança Dela.
Esta herança imortal da criação é a matéria prima sedimentada
dentro de cada ser humano pela própria força da sua origem. A esta natureza
pode-se comparar com o comportamento de um cachorro
manso, bem amigo e pequeno.
A má notícia
Logo veio o golpe ou a queda, destruindo toda relação de
alegria, intimidade, prazer na vida, no trabalho e nas amizades, entrando
mentiras e enganos. A esta nova natureza pode-se comparar com o comportamento de um grande cachorro bravo e violento.
A natureza violenta do cachorro bravo quer dominar todo espaço
possível, quer elitizar e controlar pela força que impõe a sua própria vontade
em todas as circunstancias.
Este domínio de espaço e ação impostora, gerou uma guerra maior que qualquer briga,
tornando os ambientes insuportáveis pela debilidade das duas forças de guerra,
causando doenças e mortes.
Os golpes, a má índole, a má intenção, a tendência imperialista,
o individualismo, a vangloria, a busca do poder pela força, a guerra, a falta
de prazer social em comunidade participativa, a intolerância, a incapacidade de
ceder e compreender o sofrimento do outro, o excesso de álcool, desvios sexuais
e ambições, são resultados advindos da
natureza do cachorro bravo, que estando solto e sem controle, fica sem limites
para a sua maldade.
A boa notícia
Logo em seguida, a própria Trindade se dispôs a tornar-se humana
através de uma mulher, formando-se o Deus Homem (Jesus) para pagar o preço da
guerra, com o fim de derrubar e limitar a força do cachorro bravo, apesar de
ter sido morto por ele nesta batalha, mas ao terceiro dia viveu de novo,
voltando para a sua casa original e deixando Seu Espírito sempre presente numa
ação permanente de apoio ao humano.
Estas
duas faces vivem dentro de cada pessoa, com liberdade e possibilidade inteligente de
controle e sucesso em todos os momentos, diariamente.
Mas quem vencerá esta guerra? Certamente vencerá aquele cachorro
que for mais bem alimentado e cuidado
todo dia.
Apropriando da boa notícia
Como vigiar e alimentar? O cachorro manso por causa da sua
origem, só consegue ser alimentado se houver interesse, decisão e opção pessoal
pelo retorno ao Jardim inicial, no
único caminho possível de entrada pela porta reaberta por Jesus na sua morte e
ressurreição, tendo disponibilidade total de receber a alimentação dada pelo Espírito
nas intenções do dia a dia, inibindo desta forma a bravura do cachorrão
dominador, que estando sem futuro permanecerá
para sempre sem contato e longe do Criador.
A única forma de equilíbrio, no foco e no objetivo claro de
viver neste mundo do cachorrão mal, será entrando no Quarto de Escuta diário e de forma persistente fortificar a face do
cachorro manso, pela intervenção direta do Espírito.
O cachorro manso bem fortificado com alimento diário direcionado
pelo Espírito, não cede e nem perde a guerra para o cachorrão, tendo garantia
absoluta da vitória no dia certo. Assim, de fato poderá ser considerado um cristão autêntico e salvo para morar no
novo Jardim, que já poderá ser experimentado aqui e agora.
Os dois cachorros ainda viverão juntos e em disputa constante
até o dia final do juízo na volta de Jesus, quando será reimplantado o Jardim
original de forma definitiva e sem a presença da morte e do cachorro bravo.
Será então a vitória final para
sempre.
Comissionamento do verdadeiro cristão
Em contrapartida ou enquanto se espera o dia final, existe uma
grande ordem ou comissão ou Missão,
que é a de mostrar pelo caráter e coerência, a leveza, docilidade, firmeza e a mansidão inibidora sobre a bravura do cachorrão,
afim de que mais amigos entendam a origem e a solução enviada que vence a
guerra, entrando pela única porta estreita e perfeitamente preparada pela Fé.
Sem crer é impossível entrar na porta reaberta pela cruz e pela
ressurreição, não existindo nada, nem
igreja, organização, estrutura e nem homem algum, que consiga fazer crescer
e fortalecer a obediência missional, para alimentar o sentido da natureza do
cachorro manso, que vence a guerra.
Agora é pegar ou largar. É uma decisão de vida. O melhor da vida é o criador da vida. Quem
crer tem a vida, quem não crer mantendo-se rebelde, não verá a vida e
"permanecerá" fora de Deus. (Jo 3.36).
Edgard F Alves
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