18.7.16

Os dois "cachorros" do golpe

O maior GOLPE do mundo
Uma análise cristã da natureza humana 

A nossa neta (Cecília Balmant, cinco anos, de ferias em Viçosa) andou o tempo todo num aniversário ontem, brincando e carregando no colo um cachorro poodle bem dócil e sensível. 

Lembrei que, com o acordo da Trindade Una, o humano foi colocado no Jardim para trabalhar cuidando, aprendendo ouvir com entendimento, relacionando e interagindo com amizade e amor todo dia, por ter sido criado à imagem e semelhança Dela. 

Esta herança imortal da criação é a matéria prima sedimentada dentro de cada ser humano pela própria força da sua origem. A esta natureza pode-se comparar com o comportamento de um cachorro manso, bem amigo e pequeno. 
A má notícia  

Logo veio o golpe ou a queda, destruindo toda relação de alegria, intimidade, prazer na vida, no trabalho e nas amizades, entrando mentiras e enganos. A esta nova natureza pode-se comparar com o comportamento de um grande cachorro bravo e violento. 

A natureza violenta do cachorro bravo quer dominar todo espaço possível, quer elitizar e controlar pela força que impõe a sua própria vontade em todas as circunstancias. 
Este domínio de espaço e ação impostora, gerou uma guerra maior que qualquer briga, tornando os ambientes insuportáveis pela debilidade das duas forças de guerra, causando doenças e mortes. 

Os golpes, a má índole, a má intenção, a tendência imperialista, o individualismo, a vangloria, a busca do poder pela força, a guerra, a falta de prazer social em comunidade participativa, a intolerância, a incapacidade de ceder e compreender o sofrimento do outro, o excesso de álcool, desvios sexuais e ambições, são resultados advindos da natureza do cachorro bravo, que estando solto e sem controle, fica sem limites para a sua maldade. 


A boa notícia 

Logo em seguida, a própria Trindade se dispôs a tornar-se humana através de uma mulher, formando-se o Deus Homem (Jesus) para pagar o preço da guerra, com o fim de derrubar e limitar a força do cachorro bravo, apesar de ter sido morto por ele nesta batalha, mas ao terceiro dia viveu de novo, voltando para a sua casa original e deixando Seu Espírito sempre presente numa ação permanente de apoio ao humano. 

Estas duas faces vivem dentro de cada pessoa, com liberdade e possibilidade inteligente de controle e sucesso em todos os momentos, diariamente. 

Mas quem vencerá esta guerra? Certamente vencerá aquele cachorro que for mais bem alimentado e cuidado todo dia. 


Apropriando da boa notícia 

Como vigiar e alimentar? O cachorro manso por causa da sua origem, só consegue ser alimentado se houver interesse, decisão e opção pessoal pelo retorno ao Jardim inicial, no único caminho possível de entrada pela porta reaberta por Jesus na sua morte e ressurreição, tendo disponibilidade total de receber a alimentação dada pelo Espírito nas intenções do dia a dia, inibindo desta forma a bravura do cachorrão dominador, que estando sem futuro permanecerá para sempre sem contato e longe do Criador. 

A única forma de equilíbrio, no foco e no objetivo claro de viver neste mundo do cachorrão mal, será entrando no Quarto de Escuta diário e de forma persistente fortificar a face do cachorro manso, pela intervenção direta do Espírito.  

O cachorro manso bem fortificado com alimento diário direcionado pelo Espírito, não cede e nem perde a guerra para o cachorrão, tendo garantia absoluta da vitória no dia certo. Assim, de fato poderá ser considerado um cristão autêntico e salvo para morar no novo Jardim, que já poderá ser experimentado aqui e agora. 

Os dois cachorros ainda viverão juntos e em disputa constante até o dia final do juízo na volta de Jesus, quando será reimplantado o Jardim original de forma definitiva e sem a presença da morte e do cachorro bravo. Será então a vitória final para sempre. 


Comissionamento do verdadeiro cristão 

Em contrapartida ou enquanto se espera o dia final, existe uma grande ordem ou comissão ou Missão, que é a de mostrar pelo caráter e coerência, a leveza, docilidade, firmeza e a mansidão inibidora sobre a bravura do cachorrão, afim de que mais amigos entendam a origem e a solução enviada que vence a guerra, entrando pela única porta estreita e perfeitamente preparada pela Fé. 

Sem crer é impossível entrar na porta reaberta pela cruz e pela ressurreição, não existindo nada, nem igreja, organização, estrutura e nem homem algum, que consiga fazer crescer e fortalecer a obediência missional, para alimentar o sentido da natureza do cachorro manso, que vence a guerra. 

Agora é pegar ou largar. É uma decisão de vida. O melhor da vida é o criador da vida. Quem crer tem a vida, quem não crer mantendo-se rebelde, não verá a vida e "permanecerá" fora de Deus. (Jo 3.36). 



Edgard F Alves