Uma pergunta da minha nora preferida ou "filha".
Um bom Começo.
Férias é o bom começo com
a família, visitando filhos, apoiando iniciativas, reunindo conselhos, lendo
bons livros, para poder voltar à rotina da gestão da editora, hotel, rádio e
televisão via fundações de apoio Facev e Fratevi da universidade, fazendo tudo como
discípulo em tempo integral na Missão com auto-sustento como fazedor de tendas.
Só que a nora
"preferida" (única), resolveu questionar sobre a coerência de Deus quando
Ele se ira e se arrepende. Isto bem no meio do lanche da tarde, quando todos
juntos a 1.050 metros de altitude na rota do circuito da serra da canastra no
alto paranaíba, ela vem provocar o debate surgindo boas "teses" e
defesas.
Na hora, me fez lembrar do
Philip Yancey citando o Som da Tentativa de C.S.Lews no livro "Igreja
porque me importar" de 2000 da Sepal quando diz: "Parece que Deus não
faz por Ele mesmo nada que Ele pudesse delegar à suas Criaturas. Ele nos ordena
a fazer devagar e desajeitadamente aquilo que Ele poderia fazer perfeitamente
num piscar de olhos".
Deus trabalhou com o homem
debaixo da escravidão e poderio de Satanás o tempo todo. Ele sempre delegou ao
homem todo o trabalho numa demonstração do Seu amor, como acontece mais de uma
vez por dia na “mesa” da alimentação ou ceia em casa.
Os nossos próprios esforços
como Igreja, Corpo de Jesus, são exemplos dessa delegação divina, reconhecendo
a demonstração deste grande amor do Pai.
Todo pai e mãe conhecem um
pouco do risco de delegar com sua alegria e sofrimento.
É este risco que Deus
correu.
A ira de Deus está
relacionada com Levítico 11.44. Ela não é pecaminosa, nem ressentida, maliciosa
ou infantil, presunçosa, mal humorada, arbitrária ou caprichosa como acontece
com a ira comum do homem.
A ira de Deus é a justa
reação moral do Criador contra a perversidade moral da criatura. Uma manifestação
em punir o pecado, numa ação própria do Juiz que é justo. Uma indignação contra
a injustiça.
Ela é a função da
santidade que se expressa nas exigências da lei moral do Criador. Talvez a
expressão ira (como disse o Toni) não seja literal como imaginamos, mas seja uma
forma para o entendimento humano reconhecer a profundidade da sua perversidade,
diante da sua incapacidade de escolher a obediência total: Adão.
Mas houve um Homem (como
disse o Kal) capaz de obedecer plenamente em tudo e conseguiu pagar o preço da
ira: Jesus na Cruz, sendo o segundo e perfeito Adão. Só Nele é
que temos nova vida e ficamos isentos da ira do Criador, no bom sentido e
necessária ira.
Aquele que participa do
Corpo Igreja, esperando encontrar perfeição não entende a natureza do risco da Delegação,
nem a natureza da humanidade.
Assim como o casamento é o
início e não o fim, da luta por fazer o amor funcionar, todo cristão precisa
aprender que a Igreja é apenas o começo.
Estamos no começo como
membros de um Reino recentemente implantado na Cruz pelo único Adão perfeito.
Este novo Reino nos chama
para outro caminho, um caminho que não dependa mais do nosso desempenho, mas do
desempenho de Jesus.
Um caminho que não gera mais
ativismos, reuniões de sociedades, estruturas eclesiais, mas vida na vida
servindo o outro, orando e conectando-se com o Criador pela Cruz e celebrando juntos
em ComUnidade, por causa da GRAÇA.
À partir daí (como disse a Had) o homem passou então a viver
livremente apenas pela Graça, até o dia em que será retirada a presença
completa de Satanás (Pecado). Isto acontecerá no retorno de Jesus quando se
dará o êxito pela consumação do projeto de Deus, da restauração completa sem a
ira, porque o processo do fim foi iniciado na Cruz.
Agora a nossa necessidade de doar, servir é tão essencial quanto a necessidade do pobre de receber (como disse a Sar). Precisamos participar em todo lugar, em todos os bairros, regiões atendendo as necessidades sempre em comunidade e Corpo, trabalhando em grupos pequenos ou núcleos familiares relacionais como parceiros formadores de discípulos de Jesus, motivados em plena gratidão pela GRAÇA que nos livra da ira.
Nós não precisamos mais nos realizar, mas simplesmente seguir a
Jesus.
Agora a igreja é lugar de exultar, de celebrar, de dar graças,
porque tudo foi perdoado, tornando-nos um farol da Graça ao resto do mundo e
nunca uma fortaleza estrutural de legalistas, porque a ira ficou na Cruz que
pagou o preço pelo pecado, permitindo-nos total liberdade, iniciativa e comunhão.
Edgard F Alves
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