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| Ovelha desgarrada vira petisco de lobo |
Estamos ha 2000 anos da igreja dos apóstolos e ha 500 anos da reforma da igreja. Qual será a igreja do futuro?
É preciso recuperar a
visão de que cada cristão é um missionário ou testemunha de Jesus.
Primeiro, entender que não
existe diferença entre o missionário com sustento integral com suas ofertas e o fazedor de
tendas com o seu proprio trabalho, porque eles deixam o seu ninho e seguem a Cristo e estes levam consigo
seus ninhos e seguem a Cristo influenciando vidas com experiencias relacionais, como líder, sacerdote real e cristão maduro.
Jesus sendo o verbo
encarnado passa a viver naquele que também se encarnou morrendo com Ele para
viver a vida do outro, uma vez que somente o que sofre pode curar o sofrimento
do outro, podendo até falar em nome Dele, estando Nele e trabalhando com Ele, sendo que encarnar é estar de fato em Jesus,
porque já não sou eu que vivo, mas Ele vive em mim, como nova criatura ou filho nascido de
novo.
Segundo, não enviar nenhum
missionário para outras terras sem que eles antes sirvam de fato Jesus aqui,
para não continuar incorrendo em erros e equívocos da inexperiência em
ministérios sem reconhecimento ou frutos daqui. Preferir enviar o missionário fazedor de tendas que sabe se manter
financeiramente por conta própria na sua própria cultura, podendo ter uma
pequena ajuda de sustento sem interferir na fidelidade do propósito de sempre
testemunhar de Jesus.
Terceiro, entender que o
líder e missionário fazedor de tendas não é de tempo parcial, pois tudo que faz
na vida, na família, no trabalho e no lazer é intencionalmente para servir em
amor ao Senhor acima de tudo, como sal e luz no dia-a-dia. "O
amor tem que ser posto em prática e essa prática é servir, porque
no mundo há mais fome de amor e reconhecimento do que de pão". -Madre Tereza.
Proporcionar capacitação e
mobilização de novos líderes, entendendo que não se trata de
cargos, mas daquele que serve e
vive pelo outro e nunca pra sí mesmo. Pensar na mobilização e capacitação do
pedreiro, operário, domestico, mecânico, do adolescente, do cego e do
deficiente, alem do profissional de formação superior como líder maduro em
Jesus.
Quarto, o caminho do
futuro passa pela desclericalização da igreja, sem as estruturas eclesiásticas
manejadas pelos profissionais da religião, formados para o exercício da
liderança como cargo e não como serviço ao outro. "O bem
feito é melhor que o bem falado" -Benjamim Franklin.
A tarefa privilegiada de
pastores e mestres é treinar e conduzir líderes para a maturidade e da
maturidade para a liderança, para multiplicar grupos e ministérios de
desenvolvimento que estimulem os discípulos que façam discípulos fieis e idôneos. Por isto é que vale a pena
insistir no ministério de todos os crentes, uma vez que o fracasso não é a
queda, mas a permanência no chão.
Liderança não é cargo, mas
é responsabilidade.
É um processo de influenciar com habilidade pessoas que trabalhem com entusiasmo
e convicção por objetivos comuns. Habilidade é fazer líder, pois nenhum nasce pronto, podendo viver de acordo
com a maturidade que já alcançou.
Liderança é enorme responsabilidade.
É envolver-se seriamente na vida do outro. É ser agente da missão de forma encarnacional, fazendo discípulos com a
vida na vida do outro em Jesus. "Se
não souber explicar com simplicidade é porque não compreendeu bem." -Albert
Einstein
Como conseqüência, fortalecer e ampliar os
Grupos ou Núcleos com liderança autóctone de adolescentes, jovens e adultos, bem no contexto
do bairro, da região, da cidade com liberdade de expressar o que pensam e
sentem, sendo mutuamente assistido e cuidado dentro do seu próprio ambiente
familiar, cultural, social e religioso. Influenciar a vida do amigo e do
vizinho no desenvolvimento comunitário, relacional e de
constante propagação em Jesus,
podendo até existir um local comum num centro de convivência e de
desenvolvimento espiritual para lazer e celebrações comunitárias.
Edgard F
Alves
