12.6.14

Gestão Corporativa e Discipulado. O que tem a ver?

Sem plano B 
Sem escapatória ou sem opção 

Ensinar no caminho é diferente que ensinar o caminho. 
Ensinar o caminho é teoria de sala de aula. Mas no caminho é fazer junto, é olhar olho no olho. É relacional. É amizade. É sofrer junto. É formar laços de equipe. 

Na empresa não se consegue segurança dos controles e gestão sem o comprometimento, entendimento e maturidade de cada um, formando uma equipe coesa e colegiada. 
É um processo, fruto de uma longa caminhada de dores, alegrias e desafios
É prestar contas um ou outro com atitudes transparentes, com segregação de função, ou seja, o executivo não aprova suas próprias contas e nem é auto-suficiente. 

O caminho do Discipulado é estreito, apertado e exige disciplina, disposição e disponibilidade centrada para caminhar na contramão do sistema atual. 
É preciso envolver na realidade de quem sofre. É preciso escutar

Escuta é essencialmente relacional, pessoal e de intimidade e não se pode separar o aspecto dito secular do ambiente de conhecimento de Deus como Criador e Sustentador de todas as coisas. Não tem 2ª opção e nem plano B.  

Todos os momentos, espaços físicos, reuniões, encontros, viagens, lazer, grupos, igreja, onde estivermos, são espaços especialmente santos, porque estamos presentes nele, sob a ação direta do Espirito, que sempre apresenta e elogia Jesus, em honra e glória ao Criador de forma essencialmente relacional. 

A Lectio Divina é uma leitura orante da Palavra. A Contemplação é a auto avaliação com a aplicação da leitura observando a criatividade da criação. A Solitude é a ação para o discernimento, que podemos chamar de quarto de escuta pessoal, sendo uma necessidade diária intransferível. 

Na verdade, é como subir ao topo para em seguida descer ao vale, voltando em seguida ao concreto e ao cotidiano. 
É como subir para um encontro no alto, no monte de Deus, e logo uma descida para o encontro com as profundezas, no fundo do próprio coração. 

Ler meditativamente exige tempo de preparação, num corpo relaxado, alma apaziguada, espirito pronto e alerta. Isto gasta tempo. 

Amar primeiro a Deus e uns aos outros é essencialmente relacional e íntimo.  
Quando estamos na mesa em comunhão uns com os outros, expressamos no grupo a fé cristã com amigos reunidos, na companhia do amigo maior Jesus, por intermédio do Espirito. 

Precisamos de uma grande reforma da mente relacional e de intimidade. 
Priorizar relacionamentos não é uma opção, mas o centro da Vida pessoal e coletiva ou colegiada ou familiar. 

Para ser gestor, empresário, líder, pastor e profissional com autoridade e influencia é preciso conhecer a Deus na intimidade pela contemplação silenciosa e em consequência o nosso próprio coração enganoso. 

Deus não desiste do homem, ainda que ele se rebele, porque só Adão teve a opção de obedecer ou não. Depois de Adão todos, nos tornamos enganadores, invejosos e orgulhosos, só conseguindo vitória sobre o mal, quando estamos parecendo e imitando a Jesus, estando Nele, em confiança e entrega total. 

Gestão corporativa é como discipulado exigido por Jesus, que é servir o outro de forma pessoal e relacional caminhando juntos e sempre priorizando a pessoa incondicionalmente.


Edgard F Alves