5.4.14

Vocação - trabalhar Com e não Para. Privilégio?

Relacionamentos
Vocação Missional

Jesus torna os seus discípulos pessoas missionais. A estratégia era de fazer seguidores maduros e capacitados por Ele para cumprir a SUA missão.

Ele chamou para estarem COM Ele. Os discípulos aprenderam com Jesus fazendo juntos, relacionando, andando pela rua, encontrando em casa, orando e tendo intimidade COM Ele. Fizeram como Jesus fez e as gerações espirituais seguintes fizeram o mesmo.

Somos enviados, assim como Ele foi enviado pelo Pai com autoridade, estando Nele, para pregar, anunciar, viver, relacionar, envolvendo COM as pessoas de modo intencional.

Andando juntos, Jesus ensinou a observar tudo o que ordenara, capacitando-os para a missão.

Não é uma vocação ou ministério com capacitação para MASSAS, mas no contexto de um relacionamento pessoal em pequenos grupos ou núcleos integrais com todas as gerações.

Jesus ensinou uma estratégia para liderança e não para membros, sendo líderes aqueles desenvolvidos somente a partir de liderança servidora e submissa.

Wesley afirmava que abalaria o mundo para Jesus se tivesse CEM líderes que não odiassem coisa alguma além do pecado e amassem a Deus de todo o coração.

Jetro em Êxodo 18 instruiu Moisés a formar grupos de 10 pessoas com seus líderes e auxiliares supervisionados em grupos de 10 líderes. Estes, pastoreados em grupos de 10 supervisores e o grande líder Moisés pastoreando um grupo de 10 pastores ou mentores, formando uma comunidade de 100.000 pessoas com intimidade relacional com Jesus, para servir o outro de forma missional e discipuladora.  

A dona de casa administradora da família, dos filhos, da escola, o comerciante, o sapateiro, o funcionário público, o empresário, o profissional autônomo e outros se tornam, em suas tarefas, MINISTROS de Deus.

O conceito da vocação sofreu uma modificação crítica com a influência do calvinismo sobre a soberania de Deus em todas as áreas da vida, facilitando o entendimento e aplicando o sacerdócio universal de TODOS os crentes.

A obediência a Jesus pode agora ser exercitada não apenas por clérigos e magistrados, mas todo homem comum elevado COM Jesus para realizar na sua própria função em todas as áreas da vida, como obediência em gratidão e amor ao supremo amor de Deus.

Cada vocação se tornou assim uma esfera de serviço para a Glória de Deus. O templo passou a ser o coração do homem habitado pelo Espírito e não as construções feitas por mãos humanas. O santo lugar passou a ser a essência da vida COM Jesus vivendo no coração e nas expressões do Corpo que serve um ao outro em amor.

Uma alteração fundamental na sensibilidade cristã, a partir da visão e da prática de influenciar o mundo sem ser por ele influenciado, fazendo da vida missional discípulos produtivos e obedientes a Jesus e não à eclesiologia, dogmas e outros domínios do poder humano.

Edgard F Alves

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