14.3.25

SERVIR SEM SER SERVIDO

  O QUE CAUSA O PODER E CONTROLE SEM AMOR AFETIVO?  

 O livro: O Caminho do Coração (Ultimato) de Ricardo Barbosa, afirma que “somente no silêncio e na contemplação, que se conhece o amor e o poder de Deus, quando nos tornamos aptos para nos entregar em submissão e obediência a Deus e aos outros.                                                    A insegurança afetiva leva muitos a optarem pelo poder e controle e não pelo amor e obediência. O orgulho e arrogância, não busca e nem encontra a verdade porque vive sozinho, e não se sujeita a ninguém”. 

Silenciar é na solitude para escutar, aprendendo ouvir, fechando a porta ao externo, é entrar no deserto para meditar, sentindo a intimidade na amizade e comunhão com a Trindade. No deserto não tem onde se esconder, é o lugar onde os ídolos são quebrados, experimentado a proteção, o significado da vida e a realização que vem somente de Deus, sendo um encontro com nós mesmos. 

Servir o outro é praticar a missão na família, nos amigos, no trabalho e onde estivermos o tempo todo de forma integral, sem isolamentos e sem qualquer discriminação, entendendo o que é Ser, Dizer e Fazer, sendo o Ser, que se conhece como um discípulo no discipulado com Jesus, o Dizer, para proclamar com a própria vida e o Fazer, exercitando boas obras com acolhimento. Ser, Dizer e Fazer estão interligados, trabalhando sempre em conjunto -(da palestra de Leandro da ALEF no CEM). 

O oração de Jesus diz que seja feita a Tua vontade como nos céus. Nos céus não tem ego, perdas, roubos, maldade, traições. Venha a nós o Teu reino. O reino já está instalado e ficará completo no volta de Jesus, mas já somos do Reino aqui hoje. Mas onde estamos existem outros reinos, mas já estamos no nosso Reino com o objetivo de agir, exercendo boas obras, por causa da Graça que é de graça, que esqueceu o pecado do passado, do presente e do futuro. 

          Jesus diante de cinco mil homens, falou, ensinou por grande tempo, mas não saiu e nem abandonou ninguém para ir embora. Mas deu Pão a todos, e ainda sobraram doze cestos cheios, que ficaram com os doze discípulos, que insistiam em dispensar todos, para que procurassem suas próprias comidas, quando foram todos acudidos e acolhidos por Jesus, com sobra.

          O DNA humano quer sobreviver e, quando acessamos as nossas raízes com profundidade, trabalhando com a meditação, solitude em quarto de escuta ou deserto pessoal, vem a transformação da mente, pelo ser, dizer e fazer, assumindo os cuidados com o outro e com a natureza, numa ação regeneradora voltada para a espiritualidade. 

Edgard F Alves

13.2.25

ESPERANÇAR

 

É O CONTRÁRIO DE ESPERAR OU SER PASSIVO    

           Paulo Freire, educador brasileiro, diz que “esperançar implica mais do que apenas esperar; seria um agir com base na esperança”.  É um chamado a ação, transformando a esperança em esforços concretos, para realizar os sonhos com as mudanças desejadas. A ideia de manter a chama acesa e seguir em frente, sempre buscando o melhor caminho com otimismo e determinação, mesmo em tempos difíceis, mas de forma sustentável. 

          Como somos todos iguais e humanos, buscamos a unidade na diversidade, no relacionamento maduro e sincero em coletivo entre família e amigos, promovendo o esperançar pelo caminho do plano e projeto do Pai criador, que acolheu toda humanidade independente dos seus erros e valores. Esperançar é a esperança que a justiça será justa. 

O Pai criador assumiu toda dívida gerada pelos deslizes e desvios, com as decisões erradas alimentadas pelo orgulho e egoísmo, prometendo que o único homem no mundo ressuscitado do túmulo, será o Rei maior do novo Reino a ser concretizado, assim que Ele voltar à terra, quando a partir daí não haverá mais dores, doenças e mortes, por um caminhar saudável de forma leve e divertida, num trabalho protegido pela natureza.                              

          Temos o pleno direito de pensar com liberdade e viver bem, da mesma forma que se fosse hoje Jesus faria, numa decisão de fé em comunidade relacional, assim como a democracia é a convivência com desiguais e com minorias sempre esperançando, quando se compromete a satisfazer o desejo da alma, conquistando algo que é eterno e permanente, que é amor incondicional. 

          A música, arte e cultura faz parte da caminhada de meditação e reflexão. Caminhar cantando é uma grande ajuda na reflexão, vendo os animais, pássaros e observando a natureza, nunca tratando pessoas como de segunda categoria, sempre acolhendo o pecador, independente do seu agir, estilo e opções de vida, uma vez que pecador não é o que cai em pecado, assim como o peixe não cai na agua, mas vive na agua. 

          Uma comunidade relacional, como uma igreja ou corpo habitado pelo Espírito, que ficou morando conosco após a ressurreição de Jesus, está no mundo para carregar feridos e doentes, para como pecador poder sentir seguro e amado, sem distanciamento e sem privilégios pessoais, que destrói o coletivo participativo. 

          Refletir e meditar é prazer para a saúde e para nos entender e nos conhecer melhor, e ao mesmo tempo o ser humano como pessoa ou gente pecadora, que faz esperançar agindo no presente, se realinhando com as experiências do passado, na esperança da total implantação do novo Reino, se mantendo aqui neste mundo, como sal e luz, onde o sal é a influência oculta e poderosa e a luz a que clareia como uma fonte forte e comunicativa, entre a família e amigos. 

Edgard F Alves 

22.1.25

CRISES e DIFICULDADES ENSINAM

NOVOS RUMOS DAS CRISES SERÁ COM MUDANÇAS POR DENTRO  

A primeira crise aconteceu há bilhões de anos, com a separação do anjo Lúcifer, que promoveu depois de milhões de anos, a segunda crise da separação de Adão, tendo o Pai acolhido toda humanidade, criando um projeto de recuperação, quando garantiu a liberdade com autonomia dos filhos criados, que ainda sofrem as consequências, pelo resultado das suas escolhas e ações, mas podendo aprender enfrentar as crises sem parar, com mudanças, por causa da quitação total da dívida da separação, na implantação do projeto, no nascimento humano e morte do filho Messias.  

          A separação, foi acreditar na mentira, na procrastinação, na vaidade, no orgulho, para conquistas pessoais. Hoje podemos pedir ao Pai, para fechar as portas onde não devemos entrar, sendo sensível ao toque do Espírito, que ficou morando em nossa companhia, pela ressurreição do Messias, para não fazermos nada sozinhos ou por conta própria. 

          A vida nos dá sinais de que em todo percurso, pode sim sair dos trilhos, errar, mas nunca somos excluídos pelo Pai, que se mantém orientando para encararmos todas as desigualdades, turbulências e dificuldades, com lucidez e equilíbrio, mesmo morando neste mundo, onde ainda está o trono de Lúcifer, agindo nas tensões e crises, num tempo de preparo para o único novo Reino, que está próximo, com a volta do Messias. 

          Mesmo jovem ou tendo passado para a 7ª década em diante, é continuar mantendo o cérebro mais ativo, produtivo e lutando com boas reações nas crises, aprendendo com renúncias, abrindo mão daquilo que não deve ser escolhido ou que não se compete fazer, assumindo o que se deve fazer como profissional, a partir da família e amigos, em convivência relacional de empatia, compreensão do outro, simplicidade, leveza e diversão, aprendendo ouvir e servir o outro, no princípio da capacitação do discipulado. 

          Diante das crises por todos os lados na vida, reagimos e vencemos, porque reagimos; se não, podemos ficar enganados com mentiras, tentando viver apenas pelo conforto que a estabilidade proporciona com a riqueza e sucesso. Vários momentos chamam a atenção para as crises humanas, mesmo longe ou fora do nosso meio ou país, por exemplo:  

Num evento, passando pela Carolina do Norte, uma esposa sempre reclamava do seu marido, que dedicava todo tempo somente no seu trabalho da universidade. 

           Numa sala do evento em Miami, o professor ao me apresentar, ouviu-se um grito alto nos fundos de um Argentino dizendo: “olha...Brasil, o maior país do mundo”, quando todos riram muito e se alegraram, com alguns discordando naquele momento.

           Uma vez em Quito, descendo pela rua, estavam dois amigos na calçada de um bar, e o amigo que estava descendo comigo, ficou indignado quando viu, que um deles estava bebendo cerveja, e era um pastor num evento missionário.

            Ao finalizar a especialização FGV em Ohio, saímos para visitar a bolsa de valores de Nova York, quando por causa do frio, acabei vestindo uma roupa simples, parecendo um pijama, que me separou dos colegas, tendo de continuar bem nos fundos e atrás da fila.

            Numa estação em Paris, um senhor ficou preocupado com a nossa família, pela grande lotação de pessoas em pé e com riscos de roubos, veio nos acolher, levando para outra estação, orientando um novo percurso do metrô mais seguro, para onde íamos. 

          Esperar não é parar, a impaciência não sabe esperar. As crises continuam e existem rejeições, maus tratos, desconsideração, discriminação e perseguição na natureza humana, que geram falhas e dores no corpo e até cirurgias, retirando vesícula, apêndice e próstata, que acabam ajudando a gerir as crises ficando sustentável, tendo mudanças para novas fases e novas ações, trazendo aprendizados para maturidade, para servir o outro, numa espiritualidade sem isolamentos, sem exclusões ou separações, a partir da família, grupo de amigos, vizinhos e outros, por uma convivência relacional, com partilhas, meditação, discipulado e capacitação para uma vida com sentido, esperançando pelo único novo Reino, que está próximo, quando não mais haverá choros e nem ranger de dentes, a partir do dia da volta do Rei Jesus. 

Edgard F Alves 69+