23.7.23

DECISÕES SEM AÇÕES

   “Deus gosta muito e é apaixonado por você, seja qual for a situação. 

Quando gosto muito e decido fazer o bem, mas não faço, é entrar num beco sem saída” 

 

Podemos sim, escolher, decidir bem, agir e trabalhar muito com iniciativas, e no tempo certo fazer tudo, construir e ajustar ou consertar todas as coisas, aprendendo a ouvir e servir o diferente, o outro, ou o próximo, se juntando ao coletivo relacional e cooperador.

 

Ter o coração e mente em harmonia relacional de amor, sempre considerando e observando a liberdade total gerada na criação para o trabalho intenso e produtivo, tendo o acompanhamento e orientação constante e permanente do Pai, em amor pelo Filho, através do Espirito que ficou dentro de nós. 

 

O que normalmente eu desejo é fazer o bem, mas acabo faço o mal, quando estou cheio de mim mesmo, ficando assim um grande tempo na prisão do pecado. 

Decido o bem, mas faço o mal sabotando as melhores intenções. 

O pecado me derruba por dentro, não consigo agir e servir o outro, e quando decido, acabo usando o bem como cobertura das ações, induzindo a fazer o que no final poderá ser destrutivo. 

 

Direcionar o foco para sí mesmo, é o oposto de olhar e concentrar-se em Deus criador. 

Ele nos protege e nos acompanha em todos os momentos, mantendo-nos vivos para sempre e eternamente, ajudando a nos livrar de entrarmos num beco sem saída. 

Mas isto só acontece quando nos dedicamos ao trabalho e a meditar, ouvir, concentrar e cumprir escutando bem o Espírito. 

 

Ao sentir o Espírito que habita em todo cristão sincero, conseguimos no dia a dia, com reflexão pessoal, desbancar e libertar da tirania fixa e brutal existente no mundo com o pecado, que sempre procura nos desviar da interação relacional com Deus Criador. 

 

Decidir olhar para Deus, e entrar pela Sua porta, é nos levar a um campo aberto transcendente, por uma vida livre e esperançosa, que aprende ouvir, escutar, falar e compartilhar vivendo como exemplo no modelo de Jesus, em acolhimento um do outro, uma vez que somos todos iguais nesta pecaminosidade latente, que é a natureza comum e dominante do ser humano. 

 

Por causa desta natureza comum, ainda vamos fazer algo que não desejamos fazer. 

Mas escolhendo, olhando e confiando em Jesus e descobrindo a atuação direta do Espírito, podemos viver e respirar com Deus, como a única opção humana da espiritualidade de vida com vida, para servir o outro. 

 

Deus não gosta de ser ignorado, pois Ele está sempre presente em todo momento com aqueles que O escolhem e O aceitam. 

Reconhecemos que o nosso interior, coração e mente, nos desvia do desejo sincero e honesto, sem que percebamos claramente. 

Mas é logo recuperável, se seguindo pelo caminho do projeto do resgate, preparado, ensinado e cumprido por Jesus. 

 

Quem não sente a direção e vivência diária com o Espírito, ficará obcecado em si mesmo, se achando superior, sábio, entendido e com controle de tudo, entrando num processo de perdas e desvios do caminho correto, sem nenhuma ação direta pelo que é desejado nas decisões de crescimento para a maturidade espiritual e da maturidade para servir. 

 

O dilema fatal foi resolvido, não precisa mais viver numa nuvem escura e depressiva, pois um novo poder atua e liberta da tirania brutal do interior e do pecado, quando se escuta o toque do Espírito, esperançando no dia final, levando-nos à meditação e reflexão na bíblia, partilhas em grupo de amigos, escutando e celebrando semanalmente entre pessoas que buscam com o mesmo desejo, numa vivência social comunitária, em ações comuns de apoio e cooperação em coletividade, sem isolamentos. 

 

Edgard F Alves