Daí, é necessário ouvir e sentir a respiração que é vida, entrar para dentro de sí, trancar a porta de fora, se ajustar e sentar sem pressa, enchendo o vazio do coração, fazendo um dia memorável que gera a memória para o resto da vida, com simplicidade e discernimento, sem precisar de aparecer ou esperar reconhecimento e consideração no mundo.
Primeiro, é preciso ter vontade para escolher e decidir entrar na cruz, para ser abraçado e recebido pelo Rei da cruz.
E a partir da cruz, se conhecer e ser quem de fato é, mesmo frágil, limitado e sem nada de bom. Assim, nasce o arrependimento e a confissão, abraçando o Rei como amigo de fé ‘e irmão camarada’, formando algo que faz sentido para a nova vida.
Esta nova vida é de graça, sem precisar fazer nada em troca, pois a nota promissória da dívida, foi rasgada e totalmente quitada pelo Rei.
O Rei irá reinar completamente no mundo a partir da Sua volta, mas não será um reinado ditatorial, ameaçador, controlador, dominante ou de privilégios e interesses pessoais, como vemos na política do mundo, mas será abraçando em plena amizade e mútua companhia de amor, por causa do coração cheio e transbordante do Espírito, que hoje já conduz e orienta em tudo que somos.
Segundo, é observar com muito cuidado, para evitar ser influenciado direta ou indiretamente, pelo maior mentiroso da terra, que vive tentando astutamente sem que se perceba, para desviar o foco na direção e obediência ao Rei, distanciando da verdadeira cruz.
O mentiroso tenta retirar do caminho, o sonho de uma vida integral, que não passar pela (2ª) segunda morte, onde todos fora da cruz, morrerão mais uma vez junto com o mentiroso.
Na (1ª) primeira morte, que atinge a todos, já se pode aguardar a volta junto com o Rei no paraíso, até a final ressurreição sem outra morte. (Lc 23. 43)
Terceiro, é alimentar e crescer para maturidade, com o sonho de futuro, que gera a espera feliz, discernindo bem e participando com compromisso no novo Reino desde agora, em cumprimento do plano original do Pai, mantendo apoio de vida na vida, um com outro.
Nesta direção do Rei e amigo de amor, é que garante a atual companhia como moradia do Espírito, desde a Sua ressurreição realizada há dois mil anos, que enche o coração no dia a dia, escutando pelo silêncio o real valor do grande tesouro reservado.
É a moradia do Espirito no coração, que capacita a pensar no futuro, olhando para o alto e sonhando com o aconchego no abraço do Rei, esquecendo o que para trás fica.
Apesar do coração vazio, fomos totalmente transformados, podendo assim, sentir a constante orientação que enche o coração, fazendo-nos uma pessoa verdadeira, que se conhece de fato, com grande empatia ao diferente, ouvindo, servindo o outro de forma amiga, sem discriminação, sem parcialidade, sem críticas ou afrontas, sem privilégios pessoais, promovendo a equidade e reduzindo as desigualdades numa vivencia relacional em comunidade, como semelhantes da Trindade criadora da humanidade, pela imitação dos ensinos do Rei em todo momento.
Relembrar sempre: 1- Que toda acumulação de riqueza é perigosa por sí mesmo, gerando grande pobreza em todos os sentidos. 2- Que os ricos são a minoria mais perigosa do mundo e que toda bíblia foi escrita pela maioria de pobres, sendo louco quem acumula ou ajunta tesouros pra sí próprio. 3- Que somos ‘camelos’ por milagre, pois passamos no fundo da agulha, ao entrarmos na riqueza real do novo reino com o Rei Jesus, sentindo o toque da orientação do Espirito dentro do coração. (Lc 18. 25)
Edgard F Alves
https://youtu.be/Mpd8Oz5ecTM - Rude Cruz...