16.5.19

A CULPA NÃO É SUA

É d'ele

  Gênesis 6 e 7 ha quase 5 mil anos, fala da decepção de Deus com a perversidade humana, trazendo o fim com o dilúvio de 7 metros acima de todas as montanhas, que durante 150 dias acabou com tudo, ficando apenas a Arca para o reinício.

Da mesma forma hoje, temos a esperança de um novo fim com o juízo final e enquanto isto não acontece se vive na “babilônia”, no meio da perversidade, da corrupção, dos assassinatos e na correnteza humana, sem possibilidades de ajustes fora da Cruz.

Por causa da pecaminosidade latente, sempre é preciso reforçar e rediscutir os valores e princípios da vida em equipe ou comunidade que pensa e serve o outro, que mantém sua autoridade participando com os diferentes, colocando-se no lugar do outro como aconteceu com a sábia e sensível Abigail, há 3.100 anos, conforme I Sm 25. 

Não existe relacionamento interpessoal e acolhimento com ampla consideração, havendo rejeições e exclusões numa equipe ou comunidade, pois existem defeitos, falhas, desordens e perversidades, que concentrando a atenção em nós mesmos, jamais cumpriremos o propósito da vida, que é a glória. 

É preciso reconhecer e conformar com o ensino e herança recebida na família e ao mesmo tempo neutralizar, tudo que foi acumulado e recebido dos Pais, para tornar possível o crescimento próprio, bem como a maturidade pessoal numa vida de compostura que serve o outro.

Até completar 11 anos, se forma a segurança, tolerância, prudência e a convicção pessoal no contexto das amizades, família e relacionamentos próximos, depois é o indivíduo que decide de forma pessoal até o fim da vida.

O que acontece muitas das vezes é que as tarefas, atividades, desafios e a busca de sustento, desviam da atenção para o acolhimento e capacitação dos filhos até 11 anos, surgindo deficiências pessoais que exigem a neutralização da herança recebida da família, depois de reconhecer e conformar com o ensino recebido. 

Tudo que somos invariavelmente reportará à formação e criação da família. O que é preciso de fato fazer é se autoconhecer entendendo quem de fato sou eu

Cada um precisa se descobrir, reconhecer e enfrentar agindo contra os desafios competitivos da “babilônia”, pois a culpa da ansiedade e demais males não é sua, não é nossa, mas a carregamos como herança. O crescimento para a maturidade é pessoal e intransferível. 

Os pais e a família cuidam dos filhos e dos jovens com bondade, também com erros e acertos. As falhas, insensibilidade, desconsideração, desprezo e até perdas de grandes oportunidades, são naturais na fragilidade e imperfeição, sendo tudo conseqüência da pecaminosidade latente que atingiu indistintamente a todos.

Os pais sábios e maduros relacionam bem, acolhem e amparam.
Quando os pais passam para outra fase na vida, sempre terá outros pais amigos e conselheiros que em momentos específicos continuam amparando os jovens.
Os Jovens aprendem e assumem servindo e ensinando outros, tornando-se pais naturais, confirmando a real necessidade de sempre existir os “Filhinhos, Jovens e Pais” no contexto da vida em I Jo 2.14.

Aceitar e apegar-se nos legados positivos deixados pela família, amparando a direção no propósito de Deus para a vida e ao mesmo tempo abandonando, esquecendo ou neutralizando tudo que ficou pra traz (ontem), que não ajudará no caminhar pelo propósito e projeto de Deus, que facilita a seqüência da vida em seguir pra frente com a esperança do alto, que é a glória. 

Glória é já sentir e sonhar a eternidade. É ser Criatura adotada como Filho na intimidade e comunhão com a Trindade, mesmo estando no Jardim, que hoje é o mundo babilônico. 
Nem Adão e Eva foram filhos de Deus, mas criados por Deus.

Filhos são os Adotados pela cruz em Jesus. Os que morreram pra si mesmos.  
Comunhão com Deus só é possível sendo filho adotivo em Jesus sob a orientação do Espírito. Isto é glória. É a finalidade principal do homem no mundo

A inveja estraga uma comunidade ou equipe de trabalho, conforme Ec 4.4.
O maior presente que se pode dar a alguém é o seu tempo. 
Jesus é o centro, o único caminho possível para os ajustes e desenvolvimento para a maturidade e da maturidade para servir o outro, com qualidade produtiva, avaliando a própria trave do olho, para promover um trabalho conjunto sem isolamentos, sem exclusões, permitindo a grande diversidade que existe, porque a culpa não é sua.


Edgard F Alves