É d'ele |
Gênesis 6 e 7 ha quase 5 mil anos, fala da decepção de Deus com a
perversidade humana, trazendo o fim com
o dilúvio de 7 metros acima de todas as montanhas, que durante 150 dias acabou
com tudo, ficando apenas a Arca para o
reinício.
Da mesma forma hoje, temos a esperança de um novo fim com o juízo final e enquanto isto não acontece se vive na “babilônia”,
no meio da perversidade, da corrupção, dos assassinatos e na correnteza humana,
sem possibilidades de ajustes fora da Cruz.
Por causa da pecaminosidade latente, sempre
é preciso reforçar e rediscutir os valores
e princípios da vida em equipe ou comunidade que pensa e serve o outro, que
mantém sua autoridade participando com os diferentes, colocando-se no lugar do outro como aconteceu com a sábia e
sensível Abigail, há 3.100 anos, conforme I Sm 25.
Não existe relacionamento interpessoal e
acolhimento com ampla consideração, havendo rejeições e exclusões numa equipe
ou comunidade, pois existem defeitos, falhas, desordens e perversidades, que concentrando a atenção em nós mesmos,
jamais cumpriremos o propósito da vida, que é a glória.
É preciso reconhecer e conformar com o ensino e herança recebida na
família e ao mesmo tempo neutralizar, tudo que foi acumulado e recebido dos Pais,
para tornar possível o crescimento próprio, bem como a maturidade pessoal numa vida de compostura que serve o outro.
Até completar 11 anos, se forma a segurança, tolerância, prudência e a convicção
pessoal no contexto das amizades, família e relacionamentos próximos, depois é o indivíduo que decide de forma
pessoal até o fim da vida.
O que acontece muitas das vezes é que as tarefas, atividades, desafios e
a busca de sustento, desviam da atenção para
o acolhimento e capacitação dos filhos até 11 anos, surgindo deficiências pessoais
que exigem a neutralização da herança recebida da família, depois de reconhecer
e conformar com o ensino recebido.
Tudo que somos invariavelmente reportará à formação e criação da
família. O que é preciso de fato fazer é se autoconhecer entendendo quem de fato sou eu.
Cada um precisa se descobrir, reconhecer e enfrentar agindo contra os
desafios competitivos da “babilônia”, pois
a culpa da ansiedade e demais males não é sua, não é nossa, mas a
carregamos como herança. O crescimento para a maturidade é pessoal e
intransferível.
Os pais e a família cuidam dos filhos e dos jovens com bondade, também
com erros e acertos. As falhas, insensibilidade, desconsideração, desprezo e
até perdas de grandes oportunidades, são naturais na fragilidade e imperfeição,
sendo tudo conseqüência da pecaminosidade
latente que atingiu indistintamente a todos.
Os pais sábios e maduros relacionam bem, acolhem e amparam.
Quando os pais passam para outra fase na vida, sempre terá outros pais
amigos e conselheiros que em momentos específicos continuam amparando os jovens.
Os Jovens aprendem e assumem servindo e ensinando outros, tornando-se pais
naturais, confirmando a real necessidade de sempre existir os “Filhinhos, Jovens e Pais” no contexto da
vida em I Jo 2.14.
Aceitar e apegar-se nos legados positivos deixados pela família, amparando
a direção no propósito de Deus para a vida e ao mesmo tempo abandonando,
esquecendo ou neutralizando tudo que ficou pra traz (ontem), que não ajudará no
caminhar pelo propósito e projeto de Deus, que facilita a seqüência da vida em seguir pra frente com a esperança do
alto, que é a glória.
Glória é já sentir e sonhar a eternidade. É ser Criatura adotada como
Filho na intimidade e comunhão com a Trindade, mesmo estando no Jardim, que
hoje é o mundo babilônico.
Nem Adão e Eva
foram filhos de Deus, mas criados por Deus.
Filhos são os Adotados pela cruz em Jesus. Os que morreram pra si mesmos.
Comunhão com Deus só é possível sendo filho adotivo em Jesus sob a
orientação do Espírito. Isto é glória. É
a finalidade principal do homem no mundo.
A inveja estraga uma comunidade ou equipe
de trabalho, conforme Ec 4.4.
O maior presente que se pode dar a alguém é
o seu tempo.
Jesus é o centro, o único caminho possível
para os ajustes e desenvolvimento para a maturidade e da maturidade para servir o
outro, com qualidade produtiva, avaliando
a própria trave do olho, para promover um trabalho conjunto sem
isolamentos, sem exclusões, permitindo a grande diversidade que existe, porque
a culpa não é sua.
Edgard F
Alves