27.4.18

Tempos de Crises e Calmarias na vida – Vulnerabilidade humana


     Ainda bem que a maior parte da vida não é vivida em tempos de crises.
Ninguém suportaria viver em crise constante e interminável.

Adão era muito próximo do Pai, achou que sempre ouvia a voz do Pai, se sentiu capaz de ser bom, melhor que os outros, fiel por ele mesmo e caiu feio, perdeu tudo, numa ação inteligente de satanás.
Somos tão frágeis e falhos como qualquer pessoa ou Adão.
A diferença está no sentir, confiar e obedecer ao sopro do Espírito por traz de cada ação que sempre nos indica o caminho seguinte.

Mas tudo que se possa ouvir em pastoreio mútuo é importante e significativo.
Nenhuma palavra é fortuita e nenhuma ação é secundária.
O pastoreio é confiança relacional e de intimidade como Jesus fazia no entorno da mesa. O sacerdócio real é pastoral e nunca de bispos, apóstolos ou reverendos. Todos nós somos sacerdotes, pastores e missionários em cada casa ou cada família, para servir sempre no mundo onde estamos mostrando o objetivo do homem na eternidade.  

Ser uma pessoa sem falhas ou extraordinariamente boa é um fardo difícil de suportar.
Os acertos, sucessos e os constantes elogios, não nos colocam superiores a ninguém e nunca poderão nos separar da dependência, comunhão, intimidade e obediência ao sopro do Espirito, porque Deus está realmente presente em todos os instantes da vida.

A intimidade, a comunhão, o vínculo relacional entre as pessoas ou casal não se produz pelo esforço ou pelo cumprimento de regras, leis ou projetos.
Este movimento relacional é de dentro do coração pra fora. Nasce e floresce da atitude e decisão interior.
Onde há amor verdadeiro, há liberdade, iniciativa, criatividade e mutua cooperação, complementando um ao outro em serviços.

Uma definição de amar: Amar significa abrir espaço para que o outro se sinta seguro para se tornar vulnerável, como diz Osmar Ludovico.
Deus cria espaço para sermos nós mesmos. Ele nos ama como somos, para que as nossas fraquezas sejam admitidas.

A calmaria está no Reino iniciado por Jesus, no objetivo da eternidade, naquele que não é cheio dele mesmo, por que feliz é o pobre em espirito, por ser morada e por sentir o sopro do Espirito nas suas ações e decisões, pela dependência obediente e relacional, por, e com Jesus, o maior pastor.


Edgard F Alves